A arquiteta iraquiana Zaha Hadid, primeira mulher a ganhar o prêmio Pritzker de arquitetura, morreu hoje, aos 65 anos, em um hospital de Miami após um infarto. Ela estava sendo tratada por uma bronquite quando sofreu o infarto. Nascida em Bagdá e naturalizada inglesa, Zaha foi um dos nomes mais importantes da cena contemporânea e fazia parte de um grupo de sete arquitetos que representavam o desconstrutivismo na arquitetura do século 20.
Segundo o arquiteto Philip Johnson, ex diretor do Departamento de Arquitetura do Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York, essa corrente pregava um distanciamento da forma fácil e era obcecada por diagonais e arcos que contradiziam, intencionalmente, os ângulos retos do modernismo.
DUrante anos, Zaha lutou para conseguir grandes projetos comissionados no Reino Unido. Foi na Alemanha, ao construir a Vitra Fire Station em Weil Am Rhein, que ela começou a ganhar projeção no cenário internacional. O projeto da pequena estação de bombeiros, erguido no início dos anos 1990, concentrava todos os cânones do desconstrutivismo na arquitetura. Os projetos da Zaha estão espalhados pelo mundo inteiro e, entre os de maior destaque, estão a ópera house de Cardiff e o Museu do Transporte, em Glasgow, além do Museu Nacional Italiano para o século 21 e o Centro Aquático de Londres, construído para as Olimpíadas de 2012.