Diversão e Arte

Djavan lota Centro de Convenções com show 'Vidas para contar'

Cantor comemorou 40 anos de carreira com sucessos como 'Açaí' e 'Linha do Equador'

Irlam Rocha Lima
postado em 03/04/2016 12:44

Além do repertório do cantor, o desenho de luz do show chamou a atenção

Ao se apresentar na noite deste sábado (2/4) em Brasília, Djavan pôde perceber que sua popularidade aqui continua intacta. Mais de três mil pessoas lotaram o Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães para assistir a Vidas pra contar, show comemorativo dos 40 anos de carreira do cantor e compositor alagoano.

Nem mesmo o atraso para o início da apresentação ; marcada para as 22h, só começou 40 minutos depois e as pessoas já aguardavam há mais tempo, do lado de fora do auditório ; diminuiu o entusiasmo do público, formado basicamente por pessoas adultas, embora houvesse a presença de jovens na plateia.

Canções do novo disco, lançado em novembro último, como Encontrar-te, Não é um bolero e Dona do horizonte, incluídas no repertório do espetáculo, claramente ainda não foram bem assimiladas. Antes de cantar Dona do horizonte, que compôs para homenagear a mãe, Djavan comentou: "Foi ela quem me mostrou que a música poderia ser o meu caminho."

Os aplausos mais calorosos, porém, foram para o clássicos da obra do artista, entre os quais Flor de lis, Fato consumado, Te devoro e, claro, Linha do Equador, que faz referência à cidade no verso: ;Céu de Brasília/ Traço do arquiteto/ Gosto tanto dela assim;.

Em momento acústico, Djavan encantou com 'Açaí'Bem solto, Djavan se movimentou bastante em cena, inclusive fazendo passinhos de dança vez por outra. No momento acústico do show, ao lado do violonista João Castilho, ele interpretou Açaí e Pétala. Na maior parte do show, porém, teve a acompanhá-lo uma banda de muito suingue, formada por, entre outros, o tecladista Paulo Calazans, o baixista Marcelo Mariano e o flautista e saxofonista Marcelo Martins.

Durante toda a apresentação conviveu com gritos de ;lindo; e outros arroubos de admiradores. Uma delas insistia, aos berros, ;quero fazer uma foto com você;. Diante de tanta manifestação de carinho Djavan se empolgou e alongou o bis. Aí já com parte da plateia de pé em frente ao palco fazendo selfs sem parar, enquanto, em clima de delírio, ouvia Azul, Lilás, Sina e Um amor puro. Antes de sair de cena, o cantor tocou nas mãos estendidas, que queriam tocá-lo.

No final do show, público aproveitou para clicar o ídoloNa saída do auditório, os fãs ainda sob o impacto do show emitiam comentários. Para a psicóloga Eline Bertolusse, que estava acompanhada pelo marido, "foi um prazer muito grande assistir à apresentação desse grande artista brasileiro. Eu me emocionei em vários momentos, mas principalmente quando ele interpretou Linha do Equador, que fala de nossa Brasília".

Já o universitário Marcos Felipe, estudante da faculdade de recursos humanos, destacou, a voz do cantor e a qualidade da banda. "Não conhecia as músicas novas, mas algumas delas são bem interessantes. Voltar a ouvir Djavan cantar ao vivo Açaí, Sina e Lilás foi um privilégio".

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