Diversão e Arte

Feira reúne 120 galerias em Pavilhão da Bienal de São Paulo

Setor está otimista, apesar da crise econômica

Enviada Especial, Nahima Maciel
postado em 09/04/2016 07:30

Obra de Damien Hirst, um dos mais caros da cena britânica

São Paulo ; Criada há 12 anos com a intenção de formar público e mercado, mas também de absorver uma demanda que começava a crescer graças ao desenvolvimento econômico do país na época, a SP-Arte inaugurou sua 12; edição com fôlego, mas também com uma certa apreensão. A crise bate à porta e, como todos os mercados, o de arte também sente. Entre galeristas, a observação é que os corredores estão mais vazios e os impulsos, mais contidos. Inaugurada com um preview para colecionadores e convidados na quinta-feira, a feira reúne um total de 120 galerias e mais de 2 mil artistas até amanhã no Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Este ano, a novidade é um andar inteiro dedicado ao design brasileiro de móveis, com expositores que vão desde designers contemporâneos até galerias dedicadas ao vintage e capazes de narrar, com peças e mobiliário, a história recente do design nacional. No térreo há uma boa quantidade de arte moderna, com obras de Volpi, Di Cavalcanti, Pancetti, Guignard e outros, mas o primeiro andar do pavilhão concentra o que há de mais badalado na produção nacional e internacional. Ali é possível ver obras que raramente poderão ser vistas novamente, já que boa parte do destino desse acervo são as coleções particulares.

A Lisson Gallery trouxe de Londres Anish Kapoor e Ai Weiwei e a White Cube veio com Tracy Emin, Antony Gormley e Damien Hirst. Para Peter Brandt, da White Cube, o jeito de driblar a crise é trazer obras atraentes, como a tabela periódica de Damien Hirst e o letreiro luminoso de Tracy Emin.

;Mesmo que as pessoas estejam mais resistentes, elas compram. trouxemos| uma mistura de obras de artistas que você não vê normalmente por aqui, então mesmo que não sejam comprados, é uma oportunidade de ver o que o artista está fazendo.; Na Fortes Vilaça é possível conferir o que os cubanos do Los Carpinteros estão fazendo, assim como uma boa leva de artistas nacionais, caso de Rivane Neuenschwander, Osgemeos, Valeska Soares e Janaina Tsch;pe.

O galerista brasileiro Ricardo Trevisan, da Casa Triângulo, participa da SP-Arte desde a primeira edição. Ele conta que, no princípio, o mercado era diferente e a feira embalou no crescimento econômico. Colecionadores mais jovens começaram a aparecer e a investir. Agora, mesmo com a crise, ele está otimista.. ;O consumo está mais lento, a iniciativa também, a pessoa pesquisa mais e a coisa impulsiva hoje é diferente.;

A matéria completa está disponívelaqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação