Diversão e Arte

Homenagens celebram 400 anos da morte de Shakespeare

O evento será lembrado com uma programação organizada pelo British Council para atingir mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo

Nahima Maciel
postado em 23/04/2016 13:45

O evento será lembrado com uma programação organizada pelo British Council para atingir mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo

A linguagem inventada por William Shakespeare é uma das mais universais e atemporais da história da arte e não é exagero falar que o dramaturgo rouba o lugar da rainha no quesito popularidade. Sabendo disso, o British Council, presente em mais de 100 países, tem uma meta ambiciosa para lembrar os 400 anos da morte do autor: com o projeto Shakespeare Lives, iniciado em fevereiro, quer atingir 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Áreas óbvias como dança, teatro e cinema serão contempladas, mas a programação se espalha pelo esporte e pela educação com ações que devem marcar as Olimpíadas e ter inserção em escolas públicas e privadas.

No Brasil, o programa foi lançado durante a abertura do Festival de Curitiba, em 22 de março. O Shakespeare Lives tem quatro braços principais. Segundo Eric Klug, vice-diretor do British Council em São Paulo, o mais ambicioso será a Casa Shakespeare, montada para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) e preparada para receber vários eventos, inclusive batalhas de poesia, encontro de tradutores, debates e encenação de peças.

A dramaturgia do Bardo será especialmente discutida na série Shakespeare Fórum, programada para ocorrer em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Após um encontro de cinco dias entre diretores, atores e dramaturgos, o grupo deverá produzir um espetáculo com base nas discussões surgidas no fórum. O cinema também ganhou um destaque na programação: as duas maiores coleções de filmes do Reino Unido relacionadas ao dramaturgo vão circular pelo Brasil.

[SAIBAMAIS]

Quase um século de peças filmadas e que hoje integram o acervo do National Theatre de Londres e um conjunto de filmes do British Film Institute serão apresentados em instituições culturais. Klug ainda não sabe definir quais exatamente, mas adianta que o British Council tem como parceiros o Sesi e o Sesc, além de museus e centros culturais. A ideia é que os filmes sejam exibidos durante as Olimpíadas. ;A gente está querendo ressaltar o aspecto cultural mais que de entretenimento e várias organizações estão usando esse tema para ressaltar outros projetos, como usar Shakespeare na educação, como base para discussão sobre assuntos completamente distintos;, explica Klug. ;É muito mais que uma peça ou um filme. Shakespeare é vida e por isso ele vive, apesar de ter morrido há 400 anos.;

Campanha #PlayYourPart incentiva pessoas a postarem conteúdo relacionado ao Bardo nas redes sociais
Na internet, a campanha Play your part incentiva celebridades e pessoas comuns a interpretarem trechos da obra de Shakespeare e a postarem nas redes sociais com a hashtag #PlayYourPart. Na série Shakespeare in debate, os convidados poderão refletir sobre questões contemporâneas como gênero, violência, justiça e política sob a perspectiva do escritor. Serão, ao todo, cinco eventos realizados em São Paulo, Belo Horizonte, Paraty e Rio de Janeiro. O último aconteceu dia 14, em São Paulo, e teve participação de Jô Soares e curadoria de Nelson de Sá. É possível que Brasília também receba uma edição do Shakespeare in debate.

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