Quando, em meados da década de 1970, o adolescente Oswaldo Montenegro chegou com a família a Brasília, vinha impregnado da sonoridade das serestas que os pais o levavam para ouvir nas ruas da mineira São João Del Rei. Aqui, tomou contato com outros gêneros musicais, mas, ao dar início à carreira de cantor e compositor, o lirismo passou a ser a característica principal de suas canções ; tão presente no clássico Léo e Bia.
Lírica é, também, Bandolins, que compôs com José Alexandre, e com a qual se classificou em terceiro lugar no festival promovido pela extinta TV Tupi, em 1979, responsável por projetá-lo nacionalmente. Montenegro, que se tornou conhecido como um moderno menestrel, usou a linguagem poética, também, nos musicais que marcaram sua trajetória, na década seguinte, a partir da memorável Veja você Brasília, em que lançou, entre outros, as cantoras Cássia Eller e Zélia Duncan.
Em sua trajetória artística de quatro décadas, esse carioca de nascimento e brasiliense por adoção de 60 anos armazenou importante obra, que inclui além de incontáveis sucessos, peças teatrais e três filmes. Seu último trabalho na área do cinema é o elogiado O perfume da memória, lançado, por enquanto, na internet.
Para comemorar 40 anos de estrada, Montenegro está em turnê com o show Aporta da alegria, que o traz de volta à capital depois de quase três anos de ausência, para apresentação na sexta-feira, às 21h, no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. No roteiro, foram reunidas novas canções como Nossas histórias e a que dá título ao espetáculo, e as consagradas Léo e Bia, Bandolins, Estrelas, Intuição, Lua e flor e Se puder sem medo.
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