Diversão e Arte

Arquiteto brasileiro será homenageado com Leão de Ouro, na Bienal de Veneza

"A extraordinária qualidade de sua arquitetura reside na durabilidade", diz o comunicado sobre a homenagem

Renata Rios
postado em 06/05/2016 11:00

Capixaba, erradicado em São Paulo, o arquiteto Paulo Mendes Rocha venceu o Leão de Ouro nesta 15; edição da Mostra de Arquitetura da Bienal de Veneza. A edição deste ano trazia como tema Reporting from the front, relatos do front, em tradução livre. A homenagem será entregue no dia 28 deste mês, durante a cerimônia de premiação do evento, na histórica sede da Bienal de Veneza, Palácio da Giustinian.

Em um comunicado sobre a homenagem, o arquiteto foi muito elogiado pelas suas obras e pela sua influência em gerações futuras: "A extraordinária qualidade de sua arquitetura reside na durabilidade. Muitas décadas após serem construídos, todos os seus projetos resistiram ao teste do tempo, tanto estilisticamente quanto fisicamente", disse o comunicado.

"Com essa consistência, que pode ser resultado de sua integridade ideológica e da habilidade no campo estrutural, Paulo Mendes da Rocha faz um trabalho não-conformista e provocativo, ao mesmo tempo", prossegue o texto que ainda diz: "O papel que ele desempenhou para diversas gerações de arquitetos no Brasil, na América Latina e no mundo todo é o de uma pessoa que pode fazer parte de projetos e empreendimentos coletivos, e isso estimula outros profissionais a lutar pela melhoria do ambiente construído".
[SAIBAMAIS]
Um ícone nacional

Mendes é um dos grandes nomes da arquitetura nacional e foi o último brasileiro a vencer o Pritzker, o mais importante prêmio de arquitetura, em 2006. Ele nasceu em Vitória, no Espírito Santo, mas foi em São Paulo, na década de 50 que ele estudou e se profissionalizou.

Ele integrou o grupo modernista Vilanovas Antigas, também conhecido como Escola Paulista de Arquitetura. Também lecionou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Entre os trabalhos que podem ser citados estão a reforma na Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu Brasileiro da Escultura, a Galeria Vermelho e a loja de design Forma. Também vale lembrar do polêmico pórtico de entrada da Galeria Prestes Maia, na Praça do Patriarca.

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