postado em 10/05/2016 07:30
O aguardado nono disco do Radiohead, A moon shaped pool, foi lançado neste fim de semana e está disponível, por enquanto, apenas em formato digital, via download, no iTunes ou no site oficial da banda (um lançamento físico é esperado para 17 de junho). O trabalho, que contém 11 faixas, é o primeiro da banda desde The king of limbs, de 2011.
Apesar de ser um ;lançamento;, cerca de metade do repertório exposto no álbum já era conhecido pelos fãs graças a apresentações ao vivo, como é o caso das faixas Ful stop, Identikit, Present tense e True love awaits, presente no EP I might be wrong, de 2001. O fato, no entanto, não diminuiu a empolgação de fãs e críticos com o anúncio do novo disco de uma das bandas que continua injetando vida inteligente no rock.
Enquanto bandas como o Coldplay e o Maroon 5, apesar de imensamente populares, continuam lançando temas dançantes e românticos rasos, deixando para o hip-hop e o R as discussões sérias sobre política, violência, relacionamentos, etc, o Radiohead se recusa a perder sua relevância, tanto sonora, quanto temática. ;Radiohead sempre soou como uma banda em constante movimento: todos os discos são como uma agitada mudança em relação ao último, como se eles fossem neuróticos demais para descansar em suas conquistas, mesmo que eles quisessem;, escreveu o The Guardian em sua crítica do disco.
Ah, sim, as neuroses estão bem presentes em A moon shaped pool. Canções sobre colapso ambiental, indiferença e amor dando errado são embaladas por texturas sonoras leves, violões acústicos e acordes de piano melancólicos. O clima sorumbático do disco é, também, reforçado pelo fato de que Thom Yorke e sua esposa de 23 anos, Rachel Owen, se separaram no ano passado, fato que é lembrado em Daydreaming, quando a voz de Yorke, em reverso, repete: ;Metade da minha vida;.
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