Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Nicolas Krassik e Mestrinho apresentam o disco no Clube do Choro

Música/Do choro ao blues, álbuns recém-lançados movimentam a cena musical brasileira


Foi meio sem querer que o duo entre o violinista francês Nicolas Krassik e o acordeonista sergipano Mestrinho começou. Os dois se conheceram no grupo Fé na Festa, que acompanhava Gilberto Gil, e foram convidados tempos depois para tocar em duo no Festival de Jazz de Paraty. ;Foi uma surpresa para a gente. Montamos um repertório na véspera do show;, conta Krassik, com um português que faz duvidar que o violinista não tenha nascido mesmo no Brasil (onde mora há 15 anos). Os dois gostaram tanto da experiência de unir o violino ao acordeom que foram para o estúdio gravar o disco (lançado este ano pela Biscoito Fino) Mestrinho e Nicolas Krassik. A dupla lança o álbum hoje, amanhã e sexta no Clube do Choro a partir das 21h.;Depois de algumas apresentações, a gente teve a convicção de que dava certo. Violino e acordeom têm muitas semelhanças, os timbres se misturam, as notas longas;, conta. Só depois de ter certeza que o formato funcionava é que decidiram registrar a parceria, explica. ;Foi então que eu corri atrás da possibilidade de gravar e levamos a ideia para a Biscoito Fino. Foi algo bem ao acaso, eu até pensava em ter um duo, mas não tinha nada concreto em mente;, lembra Krassik.

No repertório do álbum, temas como Nilopolitano (Dominguinhos), Desvairada (Garoto), Diabinho maluco (Jacob do Bandolim) e João e Maria (Sivuca e Chico Buarque). Para o show, além da íntegra do disco, os instrumentistas preparam outras pérolas da música brasileira para o público, como Lamento sertanejo (de Gilberto Gil e Dominguinhos). ;Vamos prestar também uma homenagem ao Paulinho da Viola, estamos preparando Tudo se transformou, Choro negro, Sarau para Radamés;, revela Krassik.

O violinista ressalta que o show, apesar de o formato sugerir algo mais intimista, tem alegria e ritmo. ;Às vezes, as pessoas acham que por ser um duo vai ser muito intimista, mas não. É uma apresentação muito alegre, um show muito enérgico. Somos só dois, mas é como se fossemos 10;, garante.

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