Hugo Lafayette é só tristeza desde ontem, no começo da manhã, quando recebeu uma mensagem pelo WhatsApp comunicando a morte de Cauby Peixoto. Quem o avisou foi Thiago Marques, produtor de Cauby e de Ângela Maria, de quem se tornou próximo. A amizade entre eles decorre do fato de o cantor brasiliense se considerar o maior fã do ídolo da MPB na capital.
;Conheci Cauby pessoalmente em 1996, quando ele veio fazer um show na extinta Churrascaria do Lago, produzido pela cantora Waleska. Antes houve uma apresentação dela em que, ao interpretar Quem eu quero não me quer, chegou até a minha mesa, em frente ao palco e me passou o microfone. Aí eu cantei duas frases musicais da canção, sucesso com Núbia Lafayette, e fui aplaudido pela plateia;, recorda-se.
Segundo Hugo, Cauby, que estava no camarim, o ouviu. ;Aí, a pedido dele, a secretária foi até a mesa e me parabenizou. Quase não acreditei quando ela falou do convite do meu ídolo para que fizesse uma música com ele. Emocionado, subi ao palco e fiz duo com o Cauby em Conceição, Bastidores e A pérola e o rubi. A partir dali nos tornamos amigos;, conta.
Um ano depois, Cauby voltou a Brasília para participar do projeto Temporadas Populares e se apresentou na Esplanada dos Ministérios. Ao ver Hugo na plateia, chamou-o ao palco. ;Tudo voltou a acontecer. Cantamos juntos e fui aplaudido pelo público. Mais tarde, no camarim, ele me convidou para participar do outro show que faria pelo projeto, na Praça do DI, em Taguatinga;. Recorda-se.
Recordações
;Assisti a todas as apresentações do Cauby aqui na cidade, inclusive à última, no Net Live. Ao final, fui aos bastidores e o abracei e beijei. Senti que, embora, com problemas de saúde, me reconheceu e retribuiu o carinho. Vou guardar as mais preciosas recordações de tudo o que vivi com esse ícone da música popular brasileira, a maior referência para o meu trabalho;, destaca Hugo.
Cantor de formação erudita, Cassiano Barbosa é outro que vê Cauby como exemplo, para quem quer seguir carreira de cantor, com o necessário profisionalismo. ;Ele é de uma geração de grandes intérpretes, como Francisco Alves, Orlando Silva, Sílvio Caldas, que sabiam projetar a voz; e que sabiam fazer uso do microfone, numa época em que esse era um equipamento com limitações. Cauby tinha voz bonita, afinada, e era um artista completo.;
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