"Baguncei a diversão, esparramei./ Peguei sua opinião, um, dois, pisei./ (...) Não adianta fugir, vai ter que se misturar./ Ou, se bater de frente, perigo é cair./ Já que é pra tombar, tombei.; Os versos do hit Tombei, da rapper Karol Conká em parceria com o duo eletrônico Tropkillaz, podem ser uma ótima explicação para definir o termo geração tombamento, que vem ganhando espaço para classificar artistas principalmente do hip-hop e do funk brasileiros que se expressam criativamente em suas músicas, em seu modo de se vestir e em suas atitudes com muitas cores, extravagância e sempre prezando pela diversidade. Na faixa, Karol faz referência a uma atitude confiante e de fortalecimento, que pode definir bem a palavra ;tombamento;, que vem de ;tombar;, expressão que se assemelha a ;arrasar; e ;causar uma impressão por onde passa;. ;Acho que rola uma abertura de mente, uma tolerância, uma liberdade artística;, comenta a curitibana.
MC Linn da Quebrada também define o movimento: ;Tem a ver com reinventar a sua estética pessoal, com potencializar seu corpo. A geração tombamento sempre existiu, essas pessoas sempre estiveram nas quebradas, nas periferias, só que fora da mídia. Agora os meios têm mostrado isso. Acho que é uma grande rede que consegue conectar as pessoas pelas similaridades;.
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A artista começou a carreira no teatro e na dança até perceber na música uma outra forma de se expressar, onde mergulha em temas como sexualidade e gênero. ;No fim do ano passado, encontrei na música esse espaço para falar de minhas vivências, de gênero, de temas periféricos e marginalizados. Acho que a música dá essa possibilidade. E o funk sempre foi em função do macho. Por isso me incomodava, quis fazer uma música que chegasse às mulheres, aos gays, as travestis, às lésbicas. A música é o principal instrumento de diálogo e isso que eu quis fazer;, conta. O mais recente trabalho da funkeira é a faixa Enviadecer, que teve o clipe divulgado no último dia 25.
Além de MC Linn da Quebrada e de Karol Conká (dona do ;hino; do tombamento), vários outros nomes têm sido apontados como integrantes da geração tombamento, entre eles, o rapper paulista Rico Dalasam, que lança oficialmente amanhã o primeiro disco da carreira Orgunga ; o título é uma definição criada pelo artista para explicar o orgulho que vem após a vergonha. ;O que eu acho massa é que está todo mundo fazendo seu trabalho, indo atrás de ganhar dinheiro com sua arte e passar uma mensagem;, afirma Dalasam sobre a geração tombamento.
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