<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/05/28/533763/20160527180833985484u.jpg" alt="Temas tabus sempre estiveram na mira do artista plástico" /> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">Um desafio levou o artista brasiliense Fernando Carpaneda aos desenhos da exposição Apenas pênis, em cartaz a partir de hoje na Galeria Arte XXX. Conhecido pelas esculturas de personagens da cultura underground retratados nus, o artista queria um novo desafio. Radicado em Nova York há 16 anos, Carpaneda publicou anúncios em jornais de Manhattan à procura de voluntários que topassem expor o pênis para que o artista pudesse desenhá-lo. O resultado é três séries de 16 desenhos e 67 fotografias nas quais retrata o órgão masculino em uma textura aquarelada e crua, sem cores, na maioria das vezes num tom acinzentado.<br /><br />A ideia surgiu em 2009. ;Queria fazer uma série de desenhos, mas algo que fugisse um pouquinho do meu trabalho de nu masculino, porque geralmente construo a figura inteira quando estou esculpindo ou pintando. Então pensei, ;por que não desenhar só os pênis dos modelos, seria algo que eu ainda não tinha explorado na minha obra;. Mas não queria usar modelos convencionais, modelos pagos;, conta o artista. A história dos personagens é sempre importante na obra de Carpaneda. Para todas as figuras retratadas nas esculturas há um relato que justifica o contexto. Alguns são figuras famosas do mundo punk, da música e do universo underground. Prostitutas, travestis e músicos sempre estiveram na mira do artista, que os retratava em esculturas de gesso hiper-realistas nas quais sempre incluía um detalhe pessoal do retratado, como um fio de cabelo, sêmen ou um pedaço de tecido de uma roupa.<br /><br />A experiência de Apenas pênis foi completamente diferente. O artista não manteve o controle sobre os tipos retratados. Homens de todas as idades e aparências físicas posaram em quartos de hotéis, suas próprias casas e até em escritórios de trabalho. Houve de caixa de banco a skinhead, de parente de artista famoso a exibicionistas. Os desenhos podem ser mais explícitos ou mais velados, mas não chegam a ser pornográficos. ;Eu vejo os trabalhos como uma obra de arte. Vejo além dos falos. Mas essa é minha visão como artista e eu sempre esqueço que o tema ;pênis; ainda é um tabu na sociedade. Não vejo nada de mais em retratar criações feitas por Deus;, diz.</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://publica.impresso.correioweb.com.br/page,274,41.html?i=207548=da_impresso=da_impresso_130686904244"><font color="#ff0000">aqui</font></a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://assine.correiobraziliense.net.br/"><font color="#ff0000">aqui</font></a>. </p><p class="texto"> </p>