Diversão e Arte

Ao Correio, Marcus Ligocki Jr. fala sobre o primeiro longa da carreira

"Quando não tô trabalhando, eu tô trabalhando", declarou

postado em 29/05/2016 07:05

;Quando não tô trabalhando, eu tô trabalhando;, diz o comedido diretor, produtor e roteirista de cinema Marcus Ligocki Jr., aos 43 anos, às vésperas de lançar o primeiro longa na direção, Uma loucura de mulher, com Mariana Ximenes. Publicidade, formação executiva em cinema e tevê e cursos de administração ; além de uma fixação por desenho ;, o encaminharam para empreitadas como a produção de longas como As vidas de Maria (de Renato Barbieri) e Rock Brasília: Era de ouro (de Vladmir Carvalho).

Presente no comitê gestor do Fundo Setorial da Ancine, o diretor já viu multiplicadas as frentes de participação na cena cultural. Coordenou o curso de cinema no Iesb e buscou conhecimento em centros de cinema na Argentina, nos Estados Unidos (Los Angeles) e São Paulo e Rio. Pensar um filme, remete Ligocki à ação: o olhar atento o leva a feitos como o de incorporar a música Essa mina é louca, de Anitta, semanas antes do lançamento de Uma loucura de mulher.
Amante do bom cinema, ao estilo de ET ; O extraterrestre e dos filmes de Tarantino e dos irmãos Coen, Ligocki Jr., filho de funcionários públicos, teve sempre cinema como meta. Na base da garra, logrou associações com personalidades como Maurício de Sousa, Jane Kagon (produtora hollywoodiana de Michael Douglas) e até coprodução com a HBO. Se manterá foco na comédia, só o futuro dirá. ;Não me acho um cara muito engraçado, não (risos). Sempre notei, desde a escola, que conseguia perceber situações engraçadas. Os amigos tiravam proveito dessa minha capacidade, e as coisas aconteciam. Indicava situações potencialmente engraçadas ; mas eu mesmo, contando piada, sou um fracasso;, entrega, aos risos.

Como um brasiliense vê o cinema candango?
Nasci em Belém do Pará, mas cheguei a Brasília, com 1 ano de idade. Sou filho de gaúchos. Demorei 25 anos para voltar e conhecer Belém: Brasília é a minha cidade. Ela precisa ser mais filmada e por mais gente. Fazemos cinema aqui há 50 anos, mas sem grande número de produções. Os filmes ficaram poucos expostas para o público. Sinto que, nos últimos anos, nosso cinema tem ganhado mais articulação. Isso traz aeração, circulação de informações e capacidade de diálogo com o resto do Brasil. E com o resto do mundo: O último cine drive-in, por exemplo, estará no circuito francês, no segundo semestre. Em festivais, até na China chegamos.

Qual a sua relação com a verve roqueira da cidade?

Quando a cena do rock acontecia, eu estava crescendo. Começava a frequentar boates e a dançar a música dos caras. Estava nas descobertas do mundo, testando, começando a namorar, e meus melhores amigos eram músicos ; todos com banda. E eu não tinha nada de talento musical (risos). Então eu construía muita caixa de som para eles. A maior daquelas bandas se chamava The perturbeds. Dela, saiu o Rodrigo Txotxa (baterista), o Carlos Pinduca, o Prata do Maskavo Roots, e o saxofonista Daniel Musy (Roupa Nova), que participa até das seleções do Grammy. Essa era minha turma: ouvíamos muito Paralamas e Legião.

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