Diversão e Arte

Alberto Brilhante é o sexto autor de não ficção mais vendido no Brasil

Ele foi o primeiro agente da ditadura a ser reconhecido como torturador pela Justiça brasileira e gerou polêmica recentemente ao ser citado por Jair Bolsonaro no votação do impeachment na Câmara dos Deputados

Diário de Pernambuco
postado em 06/06/2016 09:13

Ele foi o primeiro agente da ditadura a ser reconhecido como torturador pela Justiça brasileira e gerou polêmica recentemente ao ser citado por Jair Bolsonaro no votação do impeachment na Câmara dos Deputados

Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), o primeiro agente da ditadura a ser reconhecido como torturador pela Justiça brasileira, entrou esta semana para a lista dos autores mais vendidos do Brasil. O coronel reformado, responsável pelo comando do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo entre 1970 e 1974, durante período militar, aparece em sexto lugar no ranking do jornal Folha de S.Paulo para as obras de não ficção, com o livro Verdade sufocada.

De acordo com informações da Folha, a entrada do livro na lista foi por conta da venda de 1.068 exemplares nas lojas da Livraria Cultura, parte de uma nova tiragem 20 mil cópias bancadas pelos familiares do coronel.

A viúva do militar, Maria Joseíta Brilhante Ustra, declarou na reportagem da Folha que a primeira loja a solicitar os livros foi a Livraria Cultura do Recife.

A roteirista e escritora Tati Bernardi, que figura na lista há alguns meses com o mais recente livro, comentou o ocorrido na sua página pessoal do Facebook: ;Durante muitos meses, meu livro Depois a louca sou eu, ficou entre os mais vendidos do país, na lista da Folha. Hoje ele perdeu posição por causa do livro do comandante Brilhante Ustra. Como lidar?;.

Ele foi o primeiro agente da ditadura a ser reconhecido como torturador pela Justiça brasileira e gerou polêmica recentemente ao ser citado por Jair Bolsonaro no votação do impeachment na Câmara dos Deputados

Verdade sufocada é o segundo livro de Ustra, autor também de Rompendo o silêncio (1987), ambos narrando a sua versão dos fatos sobre o período militar do Brasil e seus anos à frente do DOI-Codi.

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