Uma dança secular difundida por povos nômades tem recuperado a autoestima de 30 moradores do bairro Jardim Bela Vista, na periferia de Formosa, em Goiás. De maneira improvisada, os fundos de uma casa simples se transformam todas as terças-feiras em um palco embalado por música cigana e vestidos rodados.
A responsável pelo projeto Bailado Gitano, a dona de casa Olivia Bernardo, de 68 anos, iniciou as aulas para tentar reverter o futuro de jovens da região. ;Nosso bairro é bastante violento e queria por meio da dança dar uma outra chance a essas pessoas. Comecei tudo sem pretensões, mas com o tempo vi que a minha maior missão é acolher essas crianças e adolescentes;, ressalta a coordenadora e professora em entrevista ao Correio.
As dificuldades financeiras do grupo, que em 2016 completa 17 anos, são atenuadas entre colegas que se ajudam de maneira colaborativa. ;Aqui, somos unidos. Já fizemos vaquinha várias vezes para comprar roupas a quem não tem condições, mas que ao mesmo tempo tem uma grande vontade de aprender a dançar;, ressalta Olivia, que aprendeu o ritmo em 1999 com um grupo de dança de Planaltina e identifica a falta de recursos para deslocamento como outro grande desafio para difundir a cultura cigana na região.
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