Diversão e Arte

'Filmes brasileiros têm também um estilo', define britânico Peter Mackenzie

O cineasta está por trás do longa 'Doonby: a mais americana das cariocas'

Ricardo Daehn
postado em 08/06/2016 07:32
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Em menos de 48 horas no Brasil, o cineasta britânico Peter Mackenzie já passou por breves provações que só incrementaram a percepção de ;exótico, maravilhoso e ótimo; Brasil, como avalia, na primeira viagem pela América do Sul, a fim de divulgar o longa-metragem Doonby. Vista como ;milagre moderno;, Brasília lhe apresentou alguns percalços, como a dificuldade de comprar água e uma pitada de gás de pimenta, cortesia de confusão no recente jogo do Palmeiras e Flamengo, acompanhado em estádio. ;Eu me senti uma criança e achei que tinha observado uma descoberta pessoal: o desempenho do jogador Gabriel Jesus. Mas, depois, na internet, já vi que é assediado até pelo círculo europeu;, comentou Mackenzie.

[SAIBAMAIS]O diretor começou na produção de comerciais, ;há bom tempo;. Antes da empreitada, na qual respondeu por mais de 300 comerciais de tevê, vendia chocolates. ;Dirijo, produzo, toco o estúdio e ainda faço roteiros de cinema;, explica ele, que aderiu à sétima arte em 1980. Além dos conterrâneos Alan Parker e David Lean, o diretor, aos 68 anos, sabe apreciar filmes franceses, num dos filões preferidos. Sem apontar nomes, emenda ainda que ;filmes brasileiros têm também um estilo;. Justo do Brasil vem uma das estrelas de Doonby: a mais americana das cariocas, Jennifer O;Neill. ;Assim como todos os jovens, cultivei fantasias em torno dela, nos anos 1970, por causa do Houve uma vez no verão. Tive que confessar;, entrega, aos risos. Ele conta que Jennifer veio para a fita fisgada pelo roteiro.

;Espero que as pessoas não vejam Doonby como tendo viés julgador. Incito apenas o questionamento nelas. Deixo claro que há consequências para as escolhas delas. Não é um filme religioso e demovi toda e qualquer menção a Deus;, comenta o cineasta que trata de ;pessoas comuns, vivendo vidas corriqueiras;. No meio da trama se fala em alcoolismo e no desejo de integração familiar. Protagonizado por John Scnheider (que esteve em Smallville e Nip/Tuck), o filme orçado em US$ 1,5 milhão fez sucesso na Polônia e na África do Sul, além de estar em difusão na Austrália. Questões existenciais e maternas são difundidas no filme que recebeu a aprovação em jornal do Vaticano, apesar da resistência do diretor em associá-lo a ;filme de fé;.

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