;Sentindo frio em minh;alma/ Te convidei pra dançar/ A tua voz me acalmava/ São dois pra lá dois pra cá...;. Houve um tempo em que, nos bailes da vida, os casais dançavam juntos e sussurravam aos ouvidos, trocando juras de amor, como sugere o bolero Dois pra lá, dois pra cá, clássico da obra de João Bosco e Aldir Blanc.
Nos dias de hoje, nas baladas, a grande maioria opta por ficar bem soltinho e não se formam pares. Até porque o funk, o sertanejo universitário e as batidas eletrônicas não primam por promover a aproximação das pessoas em busca de interação, descompromissada ou não.
Mas há quem ainda procure manter vivo o salutar hábito de ;dançar como antigamente;, de rostos e corpos colados em festas ; ainda raras ; promovidas por casas noturnas da cidade. Esses locais são frequentados, em geral, por saudosistas, que insistem em se divertir, ouvindo samba-canção, bolero, valsa, baião e ritmos latinos, responsáveis por levá-los a, romanticamente, rodopiar pelo salão.
O Correio mapeou lugares onde é oferecido esse tipo de entretenimento que, pelo visto, está voltando a cair no gosto de quem ainda vê no baile a chance de conhecer uma possível ;alma gêmea;.
Ritmos dançantes
Perto de completar um ano de funcionamento, o Chão de Estrelas, na 302 Norte, é uma outra casa noturna que contribui para manter o romantismo em alta da capital. De terça a sexta-feira, a partir das 21h, os chamados ritmos dançantes prevalecem em sua programação, que surgem como forte apelo para quem aprecia dançar agarradinho, como manda o figurino. O lugar ; no subsolo do bar e restaurante homônimo ; com capacidade para 160 pessoas, já foi descoberto pelos brasilienses. ;Oferecemos aqui uma programação variada, com shows da cantora Márcia Ayala, o Duo Infinity e a Banda DDR. O clima romântico é criado por gêneros musicais como bolero, samba-canção e canções românticas de diferentes períodos da música popular brasileira. Não há, entre os quarentões e cinquentões que frequentam o Chão de Estrelas, quem não curta um bom flash back;, afirma o proprietário Wellington Almeida.
Cultura caribenha
Entre 1999 e 2014, o Caribeño se consolidou como a ponto de encontro de brasileiros e estrangeiros amantes de ritmos latinos e caribenhos em Brasília. Inicialmente funcionou na antiga sede do Clube do Congresso (W3 Sul) e depois se instalou em outros dois endereços: Asbac (Setor de Clubes Sul) e Aseel (Avenida das Nações). Após ;um ano sabático; a casa reabre as portas em 1; de julho na 413 Sul, sob a direção do seu idealizador, o empresário peruano Eduardo Santacruz. Ele agora tem como sócios Pablo Santiago, Pedro Mariano e Ana Amélia Diniz, do grupo Corazón Salsero. ;Vamos funcionar como um restobar, com espaço para dança e eventos culturais. No andar superior ; espaço climatizado para 100 pessoas ;, nos fins de semana, DJs vão tocar salsa, bolero, rumba, cumbia, son e outros estilos musicais da América Latina e do Caribe. Durante o dia os professores do Corazón Salsero, estarão à frente de aulas se dança.
A matéria completa está disponível aqui para assinantes. Para assinar, clique aqui.