Ao descartar a realização do Curso Internacional de Verão (Civebra) em janeiro, alegando ;falta de recursos;, o secretário de Educação, Júlio Gregório, em entrevista ao Correio, publicada no dia 9 daquele mês, aventou a possibilidade de o evento ocorrer em agosto próximo. Na semana passada, porém, isso foi descartado pela professora Edilene Abreu, interventora da Escola de Música de Brasília (EMB).
Ela, que exerce a função desde 15 de abril, substituindo o diretor licenciado Ayrton Pisco, explicou que a decisão ; aprovada pela secretaria ; foi tomada após consulta ao corpo docente e discente da instituição. ;Baseado nas prioridades da escola que foram levantadas, entre as quais a reconstrução estrutural, física e humana. Verificou-se, então, que seria melhor adiar a realização do Curso de Verão, que volta a ocorrer em janeiro de 2017;.
Sendo assim, o Civebra, criado em 1978 pelo professor do Levino Alcântara (fundador da Escola de Música), que veio a se constituir num dos maiores acontecimentos artístico-cultural de Brasília, pela primeira vez, vai ser descartado, interrompendo uma tradição de quase quatro décadas. Espera-se, agora, que seja retomada em janeiro do próximo ano.
;Acreditamos que em 2017 poderemos oferecer um Curso de Verão de qualidade, norteado pela participação efetiva dos corpos docente e dicente da CEP-EMB;, afirmou Edilene, sem dar mais detalhes ou indicativos. Segundo ela, a escola é um ambiente vivo, ;passível de mudança e adequação no momento de crise que se vive;. Crise para a qual a intervenção na escola contribui.
De acordo o Ayrton Pisco, o diretor ;licenciado; desde 13 de abril último, tudo estava planejado para promover o Curso de Verão entre 3 e 13 de agosto. ;O projeto já estava elaborado, o calendário montado e os professores do Brasil e do exterior convidados e confirmados; e, o que é também muito importante, o orçamento definido.;
Pisco diz que a Escola de Música seria beneficiada com a aquisição de instrumentos musicais e equipamentos. ;A decisão de não realizar o curso foi movida por interesse político de um grupo de professores da escola, que foram contra também em 2015. Naquele ano, promovemos o curso que mais benefícios trouxe à entidade, e o de menor custo de todos os tempos.;