Viver de música não é fácil. É possível viver de blues e jazz no Brasil? Pior: competir com estrelas do mundo pop e sertanejo hoje em dia não é para qualquer artista que se propõe investir a carreira em gêneros com um público tão restrito. Apesar das dificuldades, músicos insistem em manter viva a paixão por esses gêneros criados nos Estados Unidos. É o caso de Luiz Kaffa, membro fundador da Brazilian Blues Band e responsável pelo vocal e letras. ;É uma batalha, infelizmente, a mídia privilegia apenas o que é economicamente favorável para ela. Não estamos inseridos nessa fórmula;, lamenta. Mesmo assim, Kaffa e banda continuam na estrada há 20 anos.
Hoje, esses brasilienses se apresentam na segunda edição do Festival BB Seguridade de Blues e Jazz, no Parque da Cidade, ao lado de artistas nacionais como Maria Gadú e a Orleans Street Band. Para fechar a noite, dois destaques internacionais, o blueseiro americano Steve Guyger e o baterista/compositor de jazz, Billy Cobham.
A Brazilian Blues Band começou nos pubs do Guará, em um período que, nas palavras de Kaffa, Brasília experimentava uma ;crescente de blues;. ;Logo quando nascemos, no Brasil se ouvia blues, principalmente na voz e na guitarra de Celso Blues Boy. O Oficina Blues também nos influenciou muito;, relembra Kaffa.
Para ele, o público brasiliense é bastante receptivo ao gênero, fato que atribui à formação plural da cidade e à sua ligação com o rock. ;A relação entre blues e rock é fraternal. Brasília, com a veia roqueira que tem, não dispensa a companhia do pai, que é o blues. Eles sempre caminharam juntos;, afirma o blueseiro. Entre os sucessos autorais da banda, estão Harlem blues e Caminhos tortos.
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