Diversão e Arte

Projeto busca levar a história e cultura negra para dentro das escolas

"A partir da capoeira, os alunos podem ter contato com outros aspectos que envolvem a negritude, como o bumba-meu-boi, cotas raciais, maracatu%u201D, afirma o coordenador do Grupo Cultural Grito da Liberdade

postado em 29/06/2016 07:30


O projeto cultural Quilombos da liberdade, realizado pelo mestre Cobra e por seu grupo cultural Grito de liberdade, se inspirou nos saberes transmitidos e vivenciados pelo grupo nos últimos 20 anos para levar a história da cultura negra para dentro das escolas. A ideia é aumentar o contato, reflexão e conhecimento de crianças e adolescentes com a realidade que faz parte da formação cultural de nosso país.

Apoiados nos diferentes ritmos da capoeira ; de Angola, regional, puxada de rede, dança do bastão e maculelê ; os artistas criaram um espetáculo que se constrói entre danças e ritmos.

Durante os intervalos, mestres de capoeira e integrantes do grupo conversam com os estudantes e professores. ;É um projeto de autoafirmação e conscientização com os alunos para que a gente possa popularizar as raízes africanas através da capoeira;, afirma Luiz Cláudio de Oliveira, mais conhecido como Minhoca. O objetivo é aproximar cada vez mais pessoas da história de sua própria herança cultural. O projeto percorre sete cidades do Distrito Federal e busca ainda a descentralização da arte na cidade.

O espetáculo é uma reverência a mitologias africanas explorando as técnicas de manipulação corporal, com uma linguagem artística de figurinos que resgatam a ancestralidade e coreografias que desafiam o limite do corpo. As coreografias são embaladas ao som de berimbaus, agogôs, atabaques, pandeiros e reco-reco e trazem histórias reais e fictícias transmitidas pela cultural oral de raiz africana numa surpreendente cena. ;A gente tenta levar sempre muitas informações e reflexões de como a capoeira verdadeiramente se desenvolveu. A partir dela, os alunos podem ter contato com outros aspectos que envolvem a negritude, como o bumba-meu-boi, cotas raciais, maracatu. Esse projeto é só uma parte do que pode ser feito. essa cultura precisa estar presente e ser popularizada na formação escolar;, afirma Luis Cláudio. O artista conta que o espetáculo leva a plateia a imergir na cultura africana, criando uma vivência dentro das escolas para transmitir saberes e trocar experiências.

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