Desde que deixou os vocais do Exaltasamba para se dedicar a carreira solo, Thiaguinho roubou a cena no pagode. Hoje ele é considerado um dos maiores representantes da nova geração do estilo musical.
[SAIBAMAIS]Neste ano, o cantor lançou o DVD #Vamoqvamo ao vivo, que mistura um repertório de inéditas, clássicos e regravações. Ao Correio, Thiaguinho falou sobre o projeto, carreira solo e panorama do pagode.
Confira entrevista com Thiaguinho
O álbum #Vamoqvamo Ao vivo foi gravado durante o projeto Tardezinha. Como surgiu a ideia de criar o projeto Tardezinha? E como tem sido levá-lo para outras cidades?
Tardezinha foi um projeto que surgiu na época do programa SuperStar. Eu tinha que estar todo domingo no Rio de Janeiro, então, em parceria com meu amigo Rafael Zulu, tive a ideia de criar um show para aproveitar esse dia na cidade. É um show no estilo roda de samba, mais informal e ao ar livre. Me apaixonei pelo formato e tem sido uma alegria enorme poder levá-lo para outros lugares!
A Tardezinha é um projeto mais intimista. Você gosta mais desse formato menor, mais próximo do público a um grande estilo de roda de samba?
Sim, adoro! É um show mais intimista, o público fica mais próximo, é uma energia incrível!
Na apresentação em Brasília da Tardezinha você disse que pretende voltar. Já há alguma negociação para o retorno da Tardezinha na cidade?
Ainda estamos montando a agenda do ano, mas se tiver uma oportunidade eu volto, sim! Será um prazer.
O disco #Vamoqvamo Ao vivo traz em sua maioria canções inéditas. Como foi o processo de composição e escolha do repertório para esse disco? O que você levou em consideração na hora das escolhas?
Eu canto músicas inéditas e também regravações de canções que eu cresci ouvindo e marcaram época, principalmente nos anos 1990. Escolhi músicas que eu gosto muito e fazem parte da minha vida e carreira.
O disco tem muitas participações especiais e de artistas de diferentes estilos musicais. Fale um pouco sobre a escolha dos convidados.
Os convidados desse álbum são parceiros de longa data e cantores com quem eu queria muito gravar pela primeira vez. Péricles e Belo são referências muito fortes quando penso em vozes que me influenciaram, além de serem grandes amigos que tenho. O Toni Garrido apresentou o programa Fama e desde lá sempre foi muito atencioso comigo. Sou fã e adoro a energia dele! O Lucas Lucco me mandou Palmas, fiquei louco com a música e achei que tinha tudo a ver a gente cantar junto. Tive a felicidade de encontrar a Maria Rita no Música boa ao vivo e rolou uma energia surreal. No DVD não foi diferente e hoje temos a certeza que viramos uma dupla, tamanha a sintonia!
Em Da pele preta você discute, mesmo que de forma leve, o racismo. Para você, qual é a importância de trazer esse debate?
É um assunto que, infelizmente, ainda temos que abordar. No caso da música, é uma exaltação mesmo. Eu me sinto feliz em ser negro, acho bonito... E quando era criança eu precisava de músicas ou gestos assim para combater o preconceito que inevitavelmente batia em minha porta.
Você deixou o programa Música boa ao vivo. Sente falta da atração? Tem algum novo projeto na televisão?
Amei fazer o Música boa, foi um dos melhores presentes que ganhei na vida! Me senti muito à vontade apresentando e não descarto a possibilidade de um dia apresentar um programa de música novamente.
Você costuma ser definido como showman. Concorda com a classificação? Qual é o sucesso para se destacar tanto no palco?
Eu me sinto livre no palco! É onde me solto, faço tudo com muito amor... E é o principal momento da minha vida. Essa troca de energia com o público é sensacional!
Como você vê hoje o mercado do samba e do pagode no Brasil?
É um gênero muito brasileiro! De Norte a Sul é muito bem aceito. Independemente de momento... Sempre terá pagode nos churrascos, feijoadas e festas de todo o país!