Diversão e Arte

Instrumentista e compositor Antônio Adolfo comenta trajetória em entrevista

Com novo disco, Tropical infinito, o músico ressalta qualidade musical em uma carreira de mais de 50 anos

Irlam Rocha Lima
postado em 05/07/2016 07:33
Com novo disco, Tropical infinito, o músico ressalta qualidade musical em uma carreira de mais de 50 anosAntônio Adolfo já era um músico conhecido, por acompanhar Leny Andrade, no Beco das Garrafas, à época da bossa nova, além de ter vencido o Festival Internacional da Canção, com BR 3, interpretada por Tony Tornado; e emplacado o hit Sá Marina, na voz de Wilson Simonal.

Mas o pianista e compositor veio alcançar prestígio ao lançar Feito em casa, disco independente que, a partir de 1977, passou a ser uma tendência na MPB. O músico carioca, que hoje vive entre o Rio de Janeiro e os Estados Unidos têm dado outras importantes contribuições à cultura musical do país, com o lançamento de livros didáticos, voltados para jovens instrumentistas e estudantes de música; e ao criar o Centro Musical Antônio Adolfo.

Ele que acompanhou Elis Regina, ;lançou; Rosa Passos e convive com grandes nomes do jazz norte-americano, está lançando o álbum Tropical infinito, no qual pela primeira vez, conta com um naipe de metais. Em entrevista ao Correio, aborda diferentes períodos e aspectos de sua trajetória artística de mais de 50 anos.

Pianista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sua mãe foi a principal referência para você se decidir a tocar um instrumento? Outros pianistas também o influenciaram?

Acho que foi. Ela havia sido meio prodígio: com 10 anos de idade, por exemplo, dava concertos como solista de orquestra sinfônica em São Paulo. Quando eu era pequeno ouvia muito ela tocar. Tinha uma sonoridade maravilhosa. Minha avó, que já havia levado minha mãe para a música, fez com que eu e meu irmão mais velho (João) fôssemos ter aulas de violino com uma das ex-professoras da minha mãe (Paulina D;Ambrozzio). No entanto, o fato de estudar violino, bem no horário que os amigos da rua (da vizinhança) jogavam futebol, não me agradava muito. Preferia ficar paquerando o piano de minha irmã (Maria Eulália), que estudava clássico e comecei a tirar músicas de ouvido. Eu gostava de tocar umas marchinhas e sambas de carnaval; Os pianistas que me influenciaram vieram mais tarde, com a bossa nova nascendo e o jazz pintando no Brasil, foram Luiz Eça, Errol Garner, Bill Evans, entre outros.

Antes de se juntar à turma da bossa nova e acompanhar Leny Andrade, no Beco das Garrafas, você chegou a ser pianista clássico?
Tive aulas com professores de clássico, mas antes disso, fui levado ; dessa vez, a meu pedido, ainda com 15 anos, à casa do professor Amyrton Vallim, que dava aulas de piano ;de ouvido;, na rua Toneleros, em Copacabana. Já havia me mudado com toda a família para a Zona Sul. Depois de seis meses de aulas com o Amyrton, período superprodutivo, que já dava pra ir tocar na casa dos amigos e nas festinhas, resolvi estudar clássico. Tive dois professores que me ajudaram muito: Werther Politano e Wilma Graça. Estudei clássico, mas continuava gostando de tocar de ouvido. O clássico me ajudava muito na área da técnica pianística. O Beco das Garrafas também foi uma ;escola; para mim. Ia tocar lá nas domingueiras, nas jam sessions de final de tarde, no Little Club;

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