Diversão e Arte

Naura Schneider traz a violência doméstica como tema de novo filme

Após o primeiro longa, Silêncio das inocentes, com depoimentos verídicos sobre a Lei Maria da Penha, Naura aposta na ficção

Isabella de Andrade - Especial para o Correio
postado em 06/07/2016 07:30

Após o primeiro longa, Silêncio das inocentes, com depoimentos verídicos sobre a Lei Maria da Penha, Naura aposta na ficção

A atriz e produtora Naura Schneider também aborda questões femininas em seus projetos, principalmente o tema da violência doméstica. Depois do primeiro filme, o documentário chamado Silêncio das inocentes (2010), que trazia depoimentos verídicos sobre a Lei Maria da Penha e sobre a violência que aquelas pessoas sofreram, a produtora decidiu trabalhar em uma ficção sobre o tema. O resultado é o filme Vidas partidas, com direção de Marcos Schechtman, que conta a história de um casal comum de classe média, que desejava formar uma família e desmorona por meio da violência que se instaura na relação, provocada tanto por ciúme quanto por competição. ;A ideia é que as pessoas reflitam e fiquem sempre atentas aos sinais, porque eles existem. Ninguém chega do nada e dá um soco na sua mulher, essas atitudes vão num crescente. Acredito que muitas pessoas vão se identificar;, afirma.

Naura acredita que é essencial que espaços de comunicação, como o cinema e a literatura, abordem temas pertinentes para a sociedade. ;É importante mostrar, visualizar, dar exemplos e dizer que aquela situação tem saída é fundamental para que muitas pessoas tomem atitudes. A arte é uma forma de educar, denunciar e mostrar o retrato da nossa sociedade;, declara. Para a atriz e produtora, o cinema tem a possibilidade de falar com milhares de pessoas e provocar discussões, encorajando pessoas a denunciarem as agressões sofridas. ;É falando e discutindo que vamos criando uma corrente de coragem para essas mulheres se libertarem;, afirma.

O filme foi estruturado depois de uma grande pesquisa que investigava e estudava casos de violência contra mulheres. ;Felizmente não tenho essa experiência pessoal, mas acho que nós, mulheres, ao longo da vida, sempre nos sentimos em algum momento dessa forma. A violência doméstica não é só a agressão física, a psicológica e a patrimonial também são difíceis de vencer;, declara Schneider. A produtora lembra que os resultados são rápidos a partir de obras de arte como filmes e livros, incentivando homens e mulheres a refletirem e agirem a respeito de seus próprios problemas. ;Isso é arte, o poder da transformação;, afirma.

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