O negócio está dividido: de um lado, One Direction com a baba explícita de sempre; de outro, Train coo desnecessário Led Zeppelin II, em que eles regravam todo o disco da banda britânica, com alguma competência e nenhuma relevância. O que importa de verdade vai ter pouco espaço, caso da veterana Alice Bag, cantora da banda punk The Bags, que está lançando seu primeiro disco solo aos 58 anos de idade, mas com a disposição de uma garotinha.
Red Hot Chili Peppers tenta recuperar o tempo e a garra perdidos com um disco limpinho demais, The getaway, que, na verdade, se resume a um single muito bom ; exatamente a faixa título. Melhor fez o senhorzinho Ace Frehley, que militou na banda Kiss, ao lançar Origins, vol. 1, em que, aos 65 anos, traça a própria árvore genealógica a partir de canções clássicas de Cream, Jimi Hendrix, Free, The Kinks e outras peças de museu.
Andrew Bird oferece um álbum novinho em folha, Are you serious, em que ele mostra às novas gerações que é possível ser roqueiro e adulto ao mesmo tempo, e com algumas canções de antologia, casos de Capsized e Puma. Ben Watt, que já cerrou fileiras com Everything But the Girl, também mostra um punhado de boas canções em Fever dream, seu álbum de estreia sem a esposa e parceira, Tracey Thorn, e desde já um dos melhores do ano.
Como se vê, no Dia Mundial do Rock, material não falta para o rock seguir em frente. Faltam roqueiros. A música pop absorveu tantos elementos que eram exclusivos do rock que bagunçou o coreto com bandas tão bem produzidas e embaladas que fazem qualquer coisa, principalmente música de má qualidade. Ao rock, foi reservado um escaninho dentro do escaninho da música pop.
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