Pensar que os oito anos do quarteto de Liverpool marcaram muito mais a história da música mundial do que os mais de 45 de carreira solo de Paul McCartney pode parecer um demérito para a trajetória pós-Beatles do músico. Mas não é. O fato é que a comparação chega a ser injusta, a reunião McCartney, Lennon, Harrison e Ringo Starr representou algo muito fora dos padrões (no bom sentido) e a grandeza do trabalho feito por eles ofuscaria mesmo quase qualquer coisa.
E é a fase pós-Beatles que McCartney oferece na coletânea Pure McCartney (disponível em versões de quatro e dois cds e em LPs). A bem da verdade, as fases pós-Beatles. Afinal, de 1970 até agora ,McCartney passeou por vários caminhos.
Feita pelo próprio Paul, a seleção traz canções bastante conhecidas do público, como Live and let die e Say, say, say, mas também apresenta um lado menos lembrado do músico. Na verdade, a maior parte das músicas presentes na coletânea pertencem a esse grupo, ao lado B de Paul.
O fato de boa parte da coletânea (com 67 faixas) ser composta por canções muito menos lembradas pode ser um problema para fãs ocasionais ou para os menos aficcionados no trabalho de Paul, mas é, por outro lado, uma oportunidade de resgatar tesouros guardados no baú do Beatle.
Junk é uma dessas faixas. Escrita em 1968, quando os Beatles estavam na Índia, a canção foi preterida tanto para o chamado ;álbum branco; quanto para Abbey road. Com o título de Singalong junk, a música até esteve presente no primeiro álbum de Paul, McCartney (1970), mas sem vocais. Em Pure, prevalece a versão com letra
;Eu e minha equipe viemos com a idéia de montar uma coleção de minhas gravações com mais nada na mente além de ter algo divertido de se ouvir. Talvez para ser apreciado em uma longa viagem de carro ou uma noite em casa, ou em uma festa com os amigos;, disse McCartney em comunicado à imprensa.
A matéria completa está disponível aqui. Para assinar, clique aqui.