Diversão e Arte

Sábado Magaldi, crítico de teatro, morre aos 89 anos

Referência máxima no teatro brasileiro, o escritor, pesquisador e ensaísta foi fundamental na moralização da crítica

postado em 16/07/2016 07:34

Referência máxima no teatro brasileiro, o escritor, pesquisador e ensaísta foi fundamental na moralização da crítica

O teatro se despediu, na última quinta-feira, daquele considerado o mais importante crítico moderno do teatro brasileiro. O mineiro Sábato Magaldi não resistiu a complicações decorrentes de um choque séptico e de um comprometimento pulmonar e morreu em São Paulo, aos 89 anos.

Membro da Academia Brasileira de Letras, Sábato se tornou nacionalmente conhecido por conta das colaborações ao teatro nacional, principalmente por meio das críticas, das pesquisas e da docência. Nascido em Belo Horizonte, começou por Minas a longa carreira aos 20 anos de idade. No ano seguinte, desembarcaria no Rio de Janeiro, onde passou a escrever para o extinto Diário Carioca.

Alcança visibilidade e respeito após se mudar para São Paulo, depois de cinco anos na capital carioca. Lá, consolida-se de vez como crítico de teatro ao escrever para o Jornal da Tarde e para o Estado de S.Paulo, entre outros. Apesar do ofício nos periódicos, jamais perde o ímpeto pelos estudos acadêmicos e se mantém no meio universitário, tendo passado por entidades como as universidades de São Paulo e de Sorbonne.

Em recente entrevista ao Correio, a esposa de Sábato, Edla Van Steen, falou sobre a trajetória do marido. ;Ele costuma dizer que a função do crítico é informar primeiro ao público o que ele vai ver. E, em segundo, dar uma opinião aos envolvidos no espetáculo do que eles estão fazendo;, comentou, reforçando o cuidado do crítico em honrar, primordialmente, a plateia.

Edla lembrou ainda que o esposo sempre fez questão de viajar ao exterior para conferir a pluralidade do teatro mundial e, assim, manter-se moderno. Foi ela a responsável por garimpar e selecionar as 783 críticas que integram o livro Amor ao teatro, um calhamaço de 1.224 páginas que, apesar do recente lançamento, já é considerado uma bíblia do teatro brasileiro. A leitura torna claro os motivos que elevam Sábato Magaldi a premissa de pilar da cultura nacional.

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