Igor Silveira
postado em 24/07/2016 07:33
É um verdadeiro boa praça. Dan Stulbach não foge de temas polêmicos e não perde o humor. Enquanto ;monitorava; os dois filhos pequenos, conversou com o Correio, por telefone, sobre o premiado espetáculo Morte acidental de um anarquista, escrita pelo dramaturgo italiano Dario Fo, que estreia no próximo fim de semana na cidade, e sobre a diversa carreira de artista. Também desfilou lucidez sobre temas ligados a economia, política, arte e, claro, futebol, uma das maiores paixões do artista corintiano. ;Sou fã do Tite, é a pessoa certa para a Seleção.;
Multiartista
Acho que sou uma única pessoa (apesar das várias atividades). Eu me sinto muito bem porque tem tudo a ver comigo. Assim, a diferença do que eu sou e do que eu mostro ser nesses espaços é muito pequena, e isso é uma relação muito boa com o trabalho. No Fim de expediente (CBN) ou no Bola da vez (ESPN), eu faço as perguntas que eu quero fazer, não há fingimento algum. Não que tenha tido antes, mas não existe obrigação de me comportar dessa ou daquela maneira. Eu tenho as curiosidades e eu pergunto. Enfim, é bem fiel ao que eu sou. É o que está lá.
Entrevistador
É claro que eu sou um cara educado nas entrevistas. Principalmente, ali no Bola da vez, às vezes, dá vontade de; Eu aprendi também que na entrevista você tem que deixar a pessoa mostrar quem ela é, com qualidades e defeitos. O lance é: quanto mais verdade, melhor. Então é o que eu tento praticar nas duas coisas. Tem o fato também de que o Fim de expediente eu faço com uns caras (José Godoy e Luiz Gustavo Medina) que eu conheço desde moleque.
Programa com plateia
Eu adoro porque é uma junção do rádio com teatro, imaginação total. Se o rádio é só conteúdo e imaginação, o teatro também claro que é imaginação o tempo todo. É a junção das duas coisas. Tem uma excitação da plateia em saber que o programa está indo ao ar, de quem está ouvindo e que fica imaginando o que está acontecendo lá, além desse inusitado para o convidado, que está fazendo um programa de rádio com plateia. Eu adoro. Foi esse o caminho de um tempo para cá, de tentar cada vez ficar mais fiel ao que eu sou, às ideias e ao que eu gosto de fazer.
Preparação
Olha, quando o cara chega, eu tento não falar com o convidado antes. No Bola da vez é isso: dou um oi e tal, mas não fico conversando. Vejo que a galera fica conversando ali, mas eu não faço nada, deixo tudo para o programa. Eu gosto de guardar tudo para o programa. No Fim de expediente, também é um pouco isso, de não gastar nada, porque, às vezes, o melhor fica antes do programa. Uma tática que eu tenho é isso, de guardar tudo para o programa. Outra coisa é tratar de igual para igual.
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