Uma história que entrou para a antologia da Bossa Nova, mas que Carlos Lyra não se cansa de contar e sempre com um tom de emoção. ;Eu já tinha ouvido falar de Vinicius de Moraes, até porque era o poeta predileto do meu pai. Sabia da parceria com Tom Jobim, mas nunca o havia encontrado. Um dia, me enchi de coragem e liguei para a casa dele. Depois que me apresentei, Vinicius disse ;Oi, Carlinhos, já tinha ouvido falar de você;, e perguntou: ;O que você quer? Respondi com a senha certa: umas letrinhas. Aí, ele disse, ;Venha já pra minha casa!’ Quando cheguei, me pediu para deixar umas melodias em seu gravador, e voltar dali a uma semaninha. Voltei e encontrei Coisa mais linda, Minha namorada e Você e eu, entre outras.;
A vida de Carlos Lyra, segundo o compositor, poderia ser dividida entre antes e depois do encontro como Poetinha. Tornaram-se grandes amigos, criaram outros clássicos bossanovistas e escreveram a peça musical Pobre menina rica, um marco na dramaturgia carioca. ;Compor com Vinicius foi uma das coisas mais ricas da minha vida profissional e privar de sua amizade, um privilégio.;
Hoje, às 21h30, Lyra volta a reviver essas lembranças e parcerias em Para sempre Vinicius de Moraes, espetáculo em que divide o palco do Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com Toquinho, Wanda Sá e o Quarteto em Cy. Eles têm a companhia em cena do quarteto formado por Fernando Merlino (piano), Adriano Giffoni (baixo), João Cortez (bateria) e Dirceu Leite (sopros).
O repertório do show vai levar a plateia a entrar no túnel do tempo e recordar canções que estão reunidas na memória afetiva dos brasileiros ; e mesmo de pessoas de outros países ;, entre as quais Água de beber, Ela é carioca, Eu sei que vou te amar, Chega de saudade, Garota de Ipanema, Regra três, Samba de Orly, Tarde em Itapoã, além das já citadas.
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