<p class="texto"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2016/07/30/542293/20160729171622164763u.jpg" alt="O professor Antonio Candido permanece uma referência essencial nos estudos sobre a literatura brasileira" /> </p><p class="texto"><strong> </strong></p><p class="texto"><strong>; Diuvanio de Albuquerque<br /> Especial para o Correio</strong> </p><p class="texto"> </p><p class="texto">Referência para críticos, professores e escritores, Antonio Candido chega aos 98 anos de idade como um dos maiores intelectuais brasileiros. Responsável pela formação de grandes professores e intérpretes do Brasil ; tais como Roberto Schwarz, Arrigucci Jr., Walnice Nogueira Galvão, João Luiz Lafetá, José Miguel Wisnik ;, Candido ao lado de Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, Celso Furtado e Florestan Fernandes consolidou uma tradição de grandes pensadores, revolucionando assim tanto a maneira de ver a cultura nacional quanto de pensar o Brasil.<br /><br />Nascido no Rio de Janeiro em 24 de julho de 1918, ou como melhor sintetizou Délcio de Almeida Prado em seus versos ;Nascido no Rio de Janeiro, /é paulista ou será mineiro/ Esse enigmático rapaz de Poços?;, dedicou a vida ao magistério, ofício do qual se orgulha e dedicou-se durante 36 anos. Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, também foi colaborador da revista Clima (1941-1943) ; ao lado de Lourival Gomes Machado, Paulo Emílio Salles Gomes e Gilda de Moraes Rocha, com quem viria a se casar ; e dos jornais Folha da Manhã (1943-1945) e Diário de São Paulo (1945-1947), dedicando-se em ambas as carreiras à paixão maior, a literatura.<br /><br />Sociólogo de formação, foi na crítica literária que Antonio Candido encontrou as linhas em que seriam escritas sua biografia. Sua crítica buscava encontrar a lógica interna de funcionamento da obra articulada na dinâmica histórica. Sendo assim, o texto literário tornava-se mais que um mero objeto histórico, mas uma espécie de sujeito capaz de pensar, interpretar e vivenciar a história. Visto isso, seu método ganhou destaque em meio ao academicismo dos anos 1960 e 1970 por apresentar a obra literária enquanto elemento da cultura humana, os elementos da vida social conformariam-se ao universo estético criado pelo autor. O histórico-social são internalizados pela obra, reestruturados em seu universo ficcional, segundo suas próprias leis, as quais são estéticas.<br /><br /><strong>Erudição</strong></p><p class="texto"><br />Suas realizações avançam conforme seu método, compromissado e de caráter dialético não dogmático, acompanhando e sintetizando o pensamento de críticos, filólogos e filósofos como Auerbach, Lukács, Brecht, Adorno e Benjamim. Seu instrumental, compromissado sempre com o texto literário, tornava pública sua erudição, percebida em maior volume em suas legendárias aulas, sempre acompanhadas de clareza e elegância, e seus importantes ensaios, alguns desses responsáveis pelos novos rumos que a crítica literária viria a tomar no Brasil, aqui citamos apenas alguns deles: Formação da literatura brasileira (1959 ; Uma análise histórico formativa da literatura brasileira, o arcadismo e o romantismo), Dialética da malandragem (1970 ; análise da obra Memórias de um Sargento de Milícias), De cortiço a cortiço (1973 ; estudo comparativo entre os romances O cortiço, de Aluísio de Azevedo, e L;Assommoir, de Zola).</p><p class="texto"> </p><p class="texto">A matéria completa está disponível <a href="http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2016/07/29/interna_economia,213686/rombo-recorde-no-semestre.shtml">aqui</a>, para assinantes. Para assinar, clique <a href="https://www2.correiobraziliense.com.br/seguro/digital/assine.php">aqui.</a> </p>