Reformular conceitos tem sido algo obrigatório nos desdobramentos dos sucessivos atos terroristas espalhados pelo mundo. No cinema, tanto nas tramas quanto no campo de produção, os ajustes não têm sido negados. Exemplo claro está em Bastille day, filme de James Watkins que, no lugar de faturamento ; como poderia sugerir o desenfreado mundo capitalista ; encontrou uma barreira intransponível para os lucros: com estreia na véspera dos atentados da vida real, foi recolhido de circulação, na França e no Reino Unido. No Brasil, tem lançamento incerto.
O longa de Watkins apresenta o ator Richard Madden (Game of thrones) como Michael Mason, infeliz ladrão de uma bolsa que, contendo um singelo ursinho (com uma bomba embutida), ocasiona a morte de quatro pessoas, no dia da Tomada da Bastilha. Sem paralelos com a vida real, o episódio no filme envolve uma rede de corrupção a ser desbaratada pela CIA. Kelly Reilly e Idris Elba também estrelam a fita de James Watkins, o mesmo criador de A mulher de preto (2012), um filme encabeçado por Daniel Radcliffe, outro ator envolvido em polêmica, ligada a terrorismo, por causa do ainda inédito Imperium, longa do estreante Daniel Ragussis. Ainda uma incógnita ; com estreia americana prevista para o próximo mês ;, a sinopse entrega apenas que Nate (Radcliffe) é um idealista agente do FBI que se infiltrará num grupo extremista branco. No elenco, está também Toni Collette (O sexto sentido).
No imprevisível mundo do audiovisual ; com casos premonitórios como o de Pânico na torre (1980), produção feita há 36 anos pelo chileno Claudio Guzmán com Peter Fonda, sobre terrorismo em Paris ;, até filmes sem evidentes chamarizes despertam algum interesse. O terrorista, de Jon Osman, sem nomes muito conhecidos (Carl Weyant e James Russo são os maiores atores), trata de um nova-iorquino perseguido pelo FBI que busca os potenciais alvos dele.
Depois da recente onda de retratos de incertezas, nas telas do cinema, com fitas como Invasão a Londres, 13 horas: Os soldados secretos de Beghazi e Decisão de risco, o Correio relembra títulos em torno do terrorismo, que fizeram história, a exemplo do vencedor do Oscar, Munique, 1972: Um dia em setembro (1999), em que o diretor Kevin Macdonald retratou o desastre nas Olimpíadas sediadas na Alemanha sob narração de Michael Douglas.
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