O projeto social Jovem de Expressão existe desde 2007. Atuante na Ceilândia, ele oferece cinco oficinas (teatro, audiovisual, fotografia, dança e discotecagem), acesso à internet e pré-vestibular comunitário. Tudo é gratuito. As oficinas são trimestrais, com aulas de, aproximadamente, duas horas de duração.
;A ideia é permitir que jovens se comuniquem. Queremos incentivar o empoderamento, a visibilidade desses jovens, fornecendo um espaço de fala e serviços;, explica Rayane Soares, ex-aluna e coordenadora do projeto.
Nascida e crescida na Ceilândia, Camila Ellen é formada em artes cênicas pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Ela era aluna da oficina de danças urbanas do projeto e agora dá aulas de teatro iniciante. ;São jovens da minha idade, temos uma sintonia muito boa. O jovem tem interesse e principalmente pressa em aprender. A troca de aprendizado é muito boa. Não me interessava dar aula, mas me permiti explorar aquele espaço e gostei muito;, relata. Além de professora, Camila também toca sua própria companhia, a Inspiral, com um amigo escritor.
A primeira turma de teatro do Jovem de Expressão deu frutos: dela, nasceu a Cia. Barril, visando um aprofundamento do que é aprendido nas oficinas do projeto. Em novembro, a companhia apresentou a peça Olhos teus. ;Cada ciclo é sempre muito diferente. A maioria me procura porque quer lidar com a timidez e o nervosismo, então, buscam o exercício teatral;, avalia Camila. Três dos ex-alunos de teatro do projeto estão cursando artes cênicas na Universidade de Brasília (UnB).
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