Há muitas coisas em comum na trajetória das bandas Scalene e Supercombo. Ambas começaram no cenário independente da música nacional autoral e viram seus trabalhos ganharem maior repercussão pelo país ao participarem do reality show Superstar, da Rede Globo. Neste ano, os dois grupos lançaram novos trabalhos, Scalene ao vivo em Brasília e Rogério, em que afirmam suas identidades como banda. ;Foi uma plataforma para impulsionar o nosso trabalho. Foi uma continuidade. Mas temos a mesma filosofia, só que agora são shows maiores;, analisa o guitarrista Tomás Bertoni, da Scalene.
Scalene ao vivo em Brasília foi gravado em março na capital federal no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. O DVD, que é o primeiro da carreira dos brasilienses, foi uma espécie de celebração a uma jornada que começou há sete anos. O material une o repertório dos discos Éter (2015) e Real/Surreal (2013), com três faixas inéditas: Inércia, Entrelaços e Vultos. Ao todo, são 22 faixas, que foram captadas em apenas um show do grupo, o que é incomum em gravações de DVD. ;É o repertório que temos feito nos últimos três anos, com três músicas inéditas. Foi um show um pouco mais longo do que normalmente a gente faz, mas fizemos de uma vez só. Era algo que já estávamos confortáveis;, revela Tomás.
A escolha por gravar em Brasília foi óbvia, afinal de contas é a cidade natal da banda, que optou por fazer o lançamento oficial em São Paulo. ;Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro são os nossos maiores públicos. Então, a gente quis fazer algo para agregar os fãs;, diz Bertoni. Atualmente, o grupo tem se apresentado nos shows com o repertório baseado no DVD com um repertório um pouco menor entre 18 e 20 canções. ;É praticamente o DVD todo, mas 22 músicas é complicado porque são pesadas, a gente corre pelo palco...;, completa.
;Índio rock;
Companheiros da Scalene antes, durante e depois do Superstar, o grupo capixaba também acaba de lançar o mais recente disco, Rogério. O CD possui 12 lentes e traz uma mistura de referências, ritmos e de convidados especiais. ;Gostamos de fazer coisas opostas tanto nas letras quanto na parte instrumental. A gente pega vários gêneros e mistura. Buscamos fazer coisas que não são óbvias e que possam ser memórias;, explica o vocalista e guitarrista Leonardo Ramos.
Fazendo o que eles consideram como ;índio rock;, o grupo Supercombo apresenta um disco participações de Raony e Keops (Medulla), Emmily Barreto (Far From Alaska), Gustavo Bertoni (Scalene), Mauro Henrique, Lucas Silveira (Fresno), Sérgio Britto (Titãs) e Negra Li. ;Acho que é difícil dizer aonde o Supercombo se encaixa. Talvez a gente tenha que inventar um nome, como aconteceu com o pessoal da sofrência;, diz o cantor ao explicar que a banda investe em conceitos de antítese, que também estão no encarte em 3D do disco.
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