Diversão e Arte

Megadeth se apresenta amanhã no NET Live

Show de abertura será da banda brasileira Angra

postado em 11/08/2016 06:50

Apesar dos problemas pessoais no grupo, o Megadeth permanece no topo do metal

Um dos principais apelos do heavy metal e do rock aos jovens é o fato de que, em diversos casos, os membros das principais bandas, seja pela habilidade musical, pela personalidade ou história de vida, acabam virando verdadeiros heróis. Pense no termo guitar hero, que inspirou até um videogame baseado em figuras como Eddie Van Halen, Slash, Jimmy Page e Eric Clapton; pense em Steve Harris guiando o Iron Maiden com mão de ferro; ou Ian Gillan, Robert Plant e David Coverdale comandando milhares de pessoas com a potência de suas vozes. Embora Dave Mustaine tenha uma história menos gloriosa e um tanto tortuosa, o líder do Megadeth, que se apresenta amanhã, no NET Live, é também um dos heróis do metal.

A própria trajetória do Megadeth se confunde com a de Dave Mustaine, jornada que esteve próxima de dar muito errado. Nascido em 13 de setembro de 1961, em La Mesa, Califórnia, Dave não demorou a mostrar habilidade na guitarra, que o fez se juntar a uma jovem banda iniciante chamada Metallica. Porém, logo antes de o quarteto estourar com o primeiro álbum Kill ;em all, Mustaine foi jogado em um ônibus por Lars, James e Kirk, que estavam expulsando Dave da banda devido ao abuso com drogas, álcool e pela personalidade explosiva.

Foi neste ônibus, destinado a Los Angeles, que Mustaine começou a esboçar as primeiras letras de músicas que viriam a fazer parte de trabalhos do Megadeth, banda que lançou o primeiro álbum, Killing is my business...and business is good, dois anos após Dave ter sido expulso do Metallica, que já despontava como a principal do thrash metal.

Mesmo que a percepção pública veja o Megadeth sempre à sombra do trabalho dos ex-companheiros, Mustaine e o fiel escudeiro, o baixista Dave Ellefson, lançaram, durante a segunda metade dos anos 1980 e 1990, trabalhos sólidos, alguns considerados clássicos, como os discos Countdown to extinction (1992), o mais bem-sucedido comercialmente da história da banda, e Cryptic writings (1997), que teve um single indicado para o Grammy.

Participação do Angra

A formação que o fã de Brasília verá na noite de amanhã, além de Rafael Bittencourt, presente no Angra desde o começo dos anos 1990, contará com Felipe Andreoli (baixo), Bruno Valverde (bateria), o vocalista italiano Fabio Lione, ex-Rhapsody, e o guitarrista brasiliense Marcelo Barbosa, que substitui Kiko Loureiro. O show será em apoio ao disco Secret garden, último lançado pela banda, em 2014.

Mesmo com intensas reformulações, que viram o grupo trocar quase todos os membros da sua formação original, o Angra seguiu em frente e continuou lançando discos de qualidade. Rebirth, por exemplo, um dos mais celebrados trabalhos da carreira do Angra, foi criado após as saídas de André Matos, Luis Mariutti e do baterista Ricardo Confessori.


Vinte e três anos depois, com oito discos na carreira e diversas turnês mundiais, que levaram os rapazes paulistas aos lugares mais impensáveis do globo até os principais festivais do gênero, o Angra já se estabeleceu há tempos, ao lado do Sepultura, como uma das mais influentes e respeitadas bandas brasileiras do metal.

Festival Super Rock
Show do Megadeth com abertura do Angra. Amanhã, a partir das 22h, no NET Live Brasília (SHTN Trecho 2, Quadra 5, Bloco A). Ingressos: R$ 740 e R$ 370 (meia/Promo NET), pista front stage (feminino); R$ 800 e R$ 400 (meia/Promo NET), pista front stage (masculino); R$ 460 e R$ 230 (meia/Promo NET), pista premium; R$ 260 e R$ 130 (meia/promo NET), pista. Mais informações: 3264-4669. Não recomendado para menores de 16 anos.

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