Com uma pegada voltada para os conceitos que giram em torno do hip-hop e suas respectivas fragilidades, o bailarino e coreógrafo Renato Cruz traz para pontos específicos e movimentados de Brasília os projetos intitulados Olho Nu e Escuta, que pretendem promover intervenções artísticas de dança nas ruas da cidade e envolver o público na ação.
A intervenção que percorreu a Alemanha, Belo Horizonte e Manaus, conta com a presença de oito bailarinos cariocas que farão apresentações nesta quarta-feira (17/8) a partir das 14h, em pontos peculiares da cidade, como rodoviária do Plano Piloto e Setor Comercial Sul. Segundo Renato, que coordena desde 2007 a Companhia Híbrida na cidade do Rio de Janeiro, a intenção é expor formas de contato com pessoas alheias, ou até mesmo gerar uma espécie de estranhamento nas diversas pessoas de passagem pelas ruas da região por meio da dança popular. "Criei os projetos com a intenção de proporcionar para as pessoas, a oportunidade de ter um novo olhar para a dança, mas principalmente, para aqueles que não têm oportunidade de conhecer a arte", diz.
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Na performance Escuta, os bailarinos estarão com fones de ouvido desplugados esperando para que alguém na rua pegue a ponta do fone para que, assim, o artista possa dar início aos movimentos livres. Para Renato, essa é uma das formas que ele encontrou de oferecer ao público a possibilidade de contato direto como artista. E dessa interação podem surgir outras formas de troca de experiências.
%u200BJá na apresentação Olho nu, os dançarinos vão para as ruas despidos de qualquer intenção, acompanhados somente pela música que tocará no momento da apresentação. O objetivo é ressaltar as fragilidades do corpo exposto na rua e alimentar a reflexão sobre a dança de maneira que fique claro o papel de entreter e atender as expectativas de quem assiste.
Serviço
Olho nu
Nesta quarta-feira (17/8) a intervenção acontece no Setor Comercial Sul com performance de rua a partir das 14h. E a partir das 16h acontece o espetáculo de hip-hop e dança contemporânea Olho nu. A classificação indicativa é livre. Informações: (21) 3238-3854.%u200B