O Pentágono aparentemente retirou uma ação contra o ex-Navy SEAL que escreveu sobre sua experiência na operação americana em que Osama bin Laden foi morto, depois que ele aceitou abrir mão dos lucros obtidos com o livro.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou à imprensa americana que tinha alcançado um acordo com Matt Bissonnette, autor de um livro publicado em 2012 sobre seu papel na operação contra bin Laden, intitulado No easy day.
"O senhor Bissonnette aceitou pagar aos Estados Unidos todos os seus ganhos passados e futuros obtidos com a publicação de No easy day", destacou em um comunicado a porta-voz do Departamento de Justiça Nicole Navas.
O site The Daily Beast, o primeiro a informar sobre a história, disse que Bissonnette entregará mais de 6,7 milhões de dólares obtidos com o livro e outro US$ 1,3 milhão de multa. O governo do presidente Barack Obama tinha apresentado uma ação contra Bisonnette por publicar o livro sem a aprovação do Pentágono e por violar os acordos de confidencialidade.
"Após as acusações iniciais de que vazei informação sigilosa... Não encontraram nada", disse Bissonnette ao The Daily Beast. "Só estavam incomodados comigo e queriam me pegar de qualquer forma", acrescentou. "Durante quatro anos, viram cada detalhe. Agora... Com uma simples assinatura, tudo acabou", acrescentou.
O governo americano foi acusado de ter dois pesos e duas medidas, ao acusar Bissonnette apesar de outros funcionários americanos terem descrito com riqueza de detalhes a operação a Mark Boal, roteirista do filme A hora mais escura, dirigido por Kathryn Bigelow.
Os SEALs e outras unidades de comando são cobertas pelo véu do mistério e, pelo menos tradicionalmente, os membros de operações especiais veem com maus olhos que se fale publicamente de missões passadas.