Planejada por Oscar Niemeyer e construída entre as curvas elegantes da arquitetura moderna, pode-se dizer que Brasília foi criada com arte. As cores cruas do concreto e os monumentos arquitetônicos com ares futuristas confirmam a vocação cinematográfica da cidade, que ganha espaço de destaque em diversas produções do cinema nacional. O traçado das ruas abriga a mistura de diferentes culturas e regiões do país, entre habitantes que se empenham em construir a própria identidade cultural na cidade tombada pela Unesco como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
Entre as criações nacionais que mostram a capital em plano de destaque em suas histórias, estão filmes como Somos tão jovens, Faroeste Caboclo, O último cine drive-in, além de documentários como Rock Brasília ; era de ouro. Nestas produções, é possível entender Brasília não apenas como cenário, mas como plano de fundo ou palco principal para o desenvolvimento das histórias. A fotografia possibilitada pela capital que se constrói entre céu e concreto é um ponto de encanto para os cineastas.
Com a proposta de valorizar a produção cinematográfica inspirada e realizada na cidade, o festival Capital na tela promove o encontro de filmes que destacam os monumentos e espaços públicos brasilienses. Fernando Toledo, idealizador e curador da mostra de cinema, conta que a ideia é justamente evidenciar o potencial da cidade para produções cinematográficas, incentivando a produção de filmes na região. ;Brasília está disposta em meio a um cenário natural variado e exclusivo com boas condições climáticas e alta qualidade de luz natural. Conta ainda com uma geografia privilegiada com Cerrado, Planalto, lagos, rios, cachoeiras, florestas, fazendas, centros urbanos, mansões, templos, os mais importantes prédios públicos e outras locações extraordinárias e nada convencionais de uma cidade que é uma obra de arte modernista a céu aberto;, destaca o produtor. Fernando Toledo conta ainda que, em seus trabalhos, procura apresentar a capital de uma forma que a maior parte do Brasil não conhece, deixando de lado o óbvio político. ;Procuro mostrar que existe vida além da Esplanada. E vida de qualidade;, afirma.
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