Quando se juntou aos irmãos Henrique Neto e Heloisa para reciclar o Café Cultural e transformá-lo num espaço para os músicos da cidade e artistas ligados a outras manifestações culturais, mostrarem seus trabalhos, Marília Castro tinha em mente oferecer uma opção a mais para os ;sem palco;. ;Por causa da polêmica que se instaurou, em decorrência da Lei o Silêncio, alguns estabelecimentos que acolhiam músicos, poetas e outros artistas fecharam as portas;, diz. ;Logo numa cidade onde brotam tantos artistas talentosos;, acrescenta.
Gabriela Tunes, flautista e uma das líderes do movimento Quem desligou o som? observa que restaram poucos bares e restaurantes que oferecem música ao vivo; e saúda a abertura para o segmento do Café Musical. Lei do Silêncio, ;aplicada de maneira arbitrária, é uma ferramenta de controle da ocupação dos espaços pelos artistas, que criminaliza a música ao vivo;.
[SAIBAMAIS]
Ela vê o Clube do Choro como um templo da música instrumental no Brasil, que tem um nível de formalidade muito bom, para a apresentação de músicos e grupos de excelência. ;Mas existe a necessidade de espaços mais informais, em que a performance seja menos exigida, e onde o artista possa ousar mais. Com essa carência de espaços é importantíssimo que haja lugares como o Café Musical, fundamental para o desenvolvimento de uma cena musical consistente na cidade;.
Falta de opções
O cantor e compositor André 14 Voltas é outro que questiona a Lei do Silêncio. ;Cada vez mais o artista que se apresenta com banda está impedido de exercer sua profissão no circuito noturno da capital. ;Há um cuidado, uma preocupação dos donos das casas em não ultrapassar os 55 decibéis. Com isso, você tem que fazer show de voz e violão e tocar baixinho;.
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