Diversão e Arte

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá temas polêmicos

Evento terá 9 longas e 12 curtas em competição, a partir de 20 de setembro

Ricardo Daehn
postado em 06/09/2016 07:33

'Cinema novo', documentário de Eryk Rocha abrirá a 49ª edição do Festival de Brasília

"A discussão política se dará em Brasília". É a expectativa na ponta da língua do secretário de Cultura do DF, Guilherme Reis, ao falar da 49; edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que completa: "O conceito de política não necessariamente está atrelado a partidos. Há política, em gênero e identidade, por exemplo". "Nossa parceria mais significativa deverá ser com o Corpo de Bombeiros", completa, em brincadeira (dado o termômetro quente do evento), Sérgio Moriconi, programador do Cine Brasília, integrado à organização do festival que, entre 20 e 27 de setembro, exibirá quase 30 longas, nove dos quais em caráter competitivo.

[SAIBAMAIS]Fomentar um fórum de discussões deverá levar ao contexto de um festival histórico, "pelas circunstâncias atuais", como observa Moriconi, ao ressaltar que se trata de evento de resistência, criado justamente em 1965, depois do golpe militar. Orçado em R$ 3 milhões, o evento tem novidades como a disputa ampliada de longas ; "o recorte, anterior, era pequeno para abarcar o que tem sido a produção nacional de cinema nos últimos 10 anos. De 60 longas inscritos antigamente, passamos para um número de 132, neste ano", pontua o curador do 49; Festival, Eduardo Valente.

Outra novidade está na criação da Medalha Paulo Emílio Sales Gomes, criador do evento (e morto em 1977), a ser conferida ao teórico de cinema, professor, crítico e ator Jean-Claude Bernardet (homenageado pela associação de críticos nacionais). Nome de honra para o certame candango, três vezes melhor diretor e dono de quatro filmes premiados na capital, o diretor Julio Bressane ("uma instituição do Festival", nas palavras de Valente) foi convidado para apresentar o inédito (no Brasil) longa Beduino, numa edição que terá como privilégio o ineditismo de projetar A destruição de Bernardet (de Claudia Priscila e Pedro Marques).

A amostragem de filmes de todas as regiões do Brasil trará disputa por R$ 340 mil, com 9 longas inéditos, e 12 curtas na competição. Na seleção, nomes consolidados como os de Marília Rocha, Alice de Andrade, Luiz e Ricardo Pretti, além do criador local Jimi Figueiredo. No calor da hora, o cinema pernambucano estará representado em debate com o cineasta Kleber Mendonça Filho (autor do premiado Aquarius) e também por reapresentação do marco Baile Perfumado (1997), no encerramento da festa.

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