Diário de Pernambuco
postado em 06/09/2016 10:14
O juiz R. Brooke Jackson determinou que a rede Cinemark não poderia ter feito nada para evitar que um homem invadissse a sessão de Batman - O cavaleiro das trevas ressurge, matasse doze pessoas e ferisse outras 70. A tragédia aconteceu no dia 20 de julho de 2012.
Os sobreviventes e os familiares das vítimas moveram uma ação civil contra a rede de cinemas. O júri concluiu que a empresa não poderia ter previsto o ataque. Como o cinema não foi considerado culpado, a outra parte - as vítimas e sobreviventes - teriam que arcar com os custos do processo, que avaliados em US$ 700 mil.
O juiz responsável pelo caso tentou fazer com que os 41 representantes do processo e a empresa entrassem em acordo. A Cinemark ofereceu US$ 150 mil em indenizações, destinando US$ 30 mil para cada uma das três vítimas mais graves e US$ 60 mil dividido para as outras 38 pessoas. Ainda como parte do acordo, a rede teria de fazer um comunicado oficial falando sobre melhorias nas políticas de segurança das salas.
Apenas uma mulher não aceitou o acordo por considerar a proposta do Cinemark "humilhante demais". A vítima, que não teve o nome divulgado, estava grávida na época sofreu um aborto, foi atingida por uma bala e perdeu o movimento das pernas e teve um filho assassinado.
Em 2012, James Eagan Holmes invadiu a sala de cinema na cidade de Aurora, Colorado, nos Estados Unidos, onde espectadores assistiam a Batman - O cavaleiro das trevas ressurge. Ele usava uma máscara de gás e estava munido com um rifle, escopetas e duas pistolas.