Em tempos de mudança, a arte sempre foi um dos primeiros campos do conhecimento a se manifestar, se impor, e gerar questionamento. Basta relembrar a famosa Semana de Arte Moderna de 1922, que atendia a necessidade de criar uma identidade brasileira frente às mudanças que o Brasil passava pós-proclamação da República, ou quando lembramos do movimento das vanguardas europeias, e, porque não nos dias de hoje seria diferente?
Em meio ao cenário político atual, os artistas brasilienses também mostram qual é o papel da arte na atuação política. Nesse contexto, a Universidade de Brasília, mais especificamente o Instituto de Artes (Ida), tem sido o espaço para debates de muitos artistas que promovem encontros, como a Aula pública, teatro em movimento, a Semana doída, Atos em defesa da democracia, e tantos outros eventos que colocaram como tema central o debate sobre a situação política do país.
Mas as manifestações não se restringiram ao espaço da universidade. É o que mostra a exposição Manual de sobrevivência de breves utopias, realizada na Casa da Cultura da América Latina com a curadoria do artista e professor, Átila Regiani. A exposição fazia uma relação da história da Universidade de Brasília (UnB) com o regime mlitar de 64, quando todos os professores do Departamento de Artes pediram carta de demissão coletiva, e com o período atual, por meio de obras de artistas que estão na academia e atuam politicamente em suas produções artísticas. Porém, Átila revela que tem uma visão pessimista sobre a participação dos artistas: ;Eu tenho a impressão de que a gente não está produzindo para fora nem para dentro. O Departamento de Artes atua, mas não sei se é o bastante, as ações são raras;, afirma.
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