"Mostramos mais do que você viu no filme original A bruxa de Blair, de 1999, longa em que você não via, de fato, absolutamente nada", explicou o diretor Adam Wingard, à frente da mais nova empreitada: retomar o fio da meada de um enredo com cara de cinema amador, mas que emplacou bilheteria mundial de US$ 250 milhões. Na trama, jovens são jogados num furacão imprevisível, dentro da amaldiçoada floresta Black Hills.
Tendo como cenário a mesma Burkittsville (cidade de Maryland), com população irrisória na vida real, o diretor Adam Wingard tira o sossego da plateia, seguindo a mesma trilha de found footage, recurso que passa a impressão de registros de imagens autênticas. Recém-apresentado em primeira mão, domingo passado (11/9), no Tiff (Festival Internacional de Toronto), o longa traz distorção de tempo e de realidade no enredo.
O anúncio do novo A bruxa de Blair ocorreu em julho passado, em San Diego, durante a Comic-Con. O projeto inicialmente fora batizado como A floresta. O diretor Wingard e o roteirista Simon Banett aceiraram de pronto o desafio e a produtora Lionsgate preferiu um marketing menos ruidoso, com a obra criada em completo silêncio e rodada em menos de dois meses, no Canadá.
A Lionsgate ; que há 13 anos adquiriu a Artisan, empresa distribuidora do A bruxa de Blair original ;, optou por um reboot (obra que incrementa e recondiciona um projeto anterior) do filme de 1999, em vez de um remake, ou seja, a mera releitura de uma fita de êxito. O novo filme começa a partir de um reflexo de imagem no espelho, retirado de uma fita amadora, em que o jovem James (James Allen McCune) tem a sensação de se deparar com a irmã, Heather, sumida em circunstâncias misteriosas.
Com Bruxa de Blair nas telas, será vista a criação de mais um filme com aura de documentário, uma vez que James convoca amigos como Lisa (Callie Hernandez) e Peter (Brandon Scott), integrante da frustrada busca anterior, para acionarem câmeras, microfones e sangue frio, a fim de promoverem incursão entre os aterradores arvoredos de Black Hills. A investida atrai ainda um casal auxiliar de paranormais. Como resultado, a promessa de Bruxa de Blair é de um desdobramento muito superior ao obtido com Bruxa de Blair 2 ; O livro das sombras, caça-níqueis feito em 2000 pelo documentarista Joe Berlinger, na esteira do sucesso do filme original que custou US$ 60 mil.
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