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É para falar explicitamente sobre o amor que a Quasar Cia. de Dança sobe ao palco do Teatro da Caixa Cultural entre amanhã e domingo. Idealizador das peças da companhia, o coreógrafo Henrique Rodovalho, 51 anos, queria um espetáculo capaz de refletir sobre as relações contemporâneas e de abarcar as complexidades e diversidades dos relacionamentos no século 21. Em Sobre isto, meu corpo não cansa, seis bailarinos interagem em movimentos que contam situações concretas como inícios, meios e fins de relacionamentos. Essa será a última apresentação da Quasar enquanto companhia profissional.
A partir do fim de setembro, a Quasar não existirá mais enquanto grupo permanente e com atividades o ano inteiro. Durante quase três décadas, todos os bailarinos que passaram pela companhia tinham carteira assinada, plano de saúde e benefícios decorrentes de um emprego formal, situação possível graças ao patrocínio da Petrobras. Rodovalho já deu aviso-prévio aos bailarinos e o prédio-sede no qual o grupo costuma ensaiar será devolvido no final do mês. Com o fim do patrocínio da Petrobras, segundo o coreógrafo, não há mais como manter as atividades da Quasar.
Criada em 1988, a companhia é um patrimônio da dança brasileira. Um total de 78 bailarinos já passaram pelo grupo, que costumava ter, em média, 10 integrantes. Foram 26 espetáculos em 28 anos de atuação. ;Antes, a gente conseguia se manter por meio de convites. Mas com essa crise, os convites diminuíram e tem dois anos que a Petrobras não faz mais edital;, lamenta Rodovalho, que tem a esperança de conseguir trabalhar por projetos.
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