Rebeca Oliveira
postado em 15/09/2016 07:34
Há alguns anos, o mercado fonográfico voltou a ouvir a voz de Maria Luiza. Aquela, homenageada em samba clássico de Tom Jobim e filha caçula do ícone da Bossa Nova. O timbre ainda é doce, como quando acompanhou o patriarca na primeira versão da música. Mas a menina de cabelo amarelo e de olhos ;cor de chuchu; ressurgiu diferente, fazendo um som para lá de moderno. Aos 29 anos, a carioca reafirma a parceria com o produtor, guitarrista e tecladista Lucas de Paiva no Duo Opala no primeiro álbum de música eletrônica dos dois, homônimo e que sucede um EP de 2013, que atiçou público e critica. O resultado em nada lembra o som que fez de Tom um dos maiores ícones da música popular brasileira.
;Vejo claramente que nosso público chega até nós por meio do nosso trabalho, de gostar e acompanhar o nosso som. São pessoas que ouviram o EP. Está havendo um processo natural de desvinculação da minha carreira e com a do meu pai, mas nunca como uma forma de negação. Tenho isso muito enraizado, é algo inerente a mim;, afirma a cantora, que lida facilmente com as comparações, sem problematizá-las.
Difícil, entretanto, é classificar a sonoridade da banda. Música eletrônica intimista e de contemplação é como eles definem. Há, também, quem veja influências do pop. ;Não são canções de balada. Até tocamos ao vivo em uma festa carioca no lançamento do EP, em 2013. Foi maravilhoso, mas esquisito. Nosso som tem uma pegada mais contemplativa;, afirma Jobim. ;É uma música de fone de ouvido, não de caixa de som;, brinca Lucas.
A intenção da dupla é criar algo mais etéreo, com texturas e timbres provocados pelo uso de sintetizadores e que não lembrem o som de instrumentos musicais. ;A música eletrônica, por não usar ferramentas orgânicas, cria esses espaços sonoros, essas viagens;, diz o artista.
Cerca de 80% do disco foi feito em estúdio caseiro e o restante, produzido no estúdio Rock It, de Estevão Casé e Dado Villa-Lobos, do Legião Urbana. ;Foi uma parceria superbacana. Eles abraçaram a ideia. O EP foi feito de maneira solta, produzimos integralmente em casa, foram cinco músicas que nasceram de uma forma mais fluida, rápida. É o primeiro trabalho, você se entrega. O disco tem 11 faixas, então, demorou mais. No momento que engrenou, tínhamos um cronograma, fazíamos as músicas em sequência. As pessoas gostam da transição natural entre as faixas. Foi algo intencional;, conta Lucas.
;Vejo claramente que nosso público chega até nós por meio do nosso trabalho, de gostar e acompanhar o nosso som. São pessoas que ouviram o EP. Está havendo um processo natural de desvinculação da minha carreira e com a do meu pai, mas nunca como uma forma de negação. Tenho isso muito enraizado, é algo inerente a mim;, afirma a cantora, que lida facilmente com as comparações, sem problematizá-las.
Difícil, entretanto, é classificar a sonoridade da banda. Música eletrônica intimista e de contemplação é como eles definem. Há, também, quem veja influências do pop. ;Não são canções de balada. Até tocamos ao vivo em uma festa carioca no lançamento do EP, em 2013. Foi maravilhoso, mas esquisito. Nosso som tem uma pegada mais contemplativa;, afirma Jobim. ;É uma música de fone de ouvido, não de caixa de som;, brinca Lucas.
A intenção da dupla é criar algo mais etéreo, com texturas e timbres provocados pelo uso de sintetizadores e que não lembrem o som de instrumentos musicais. ;A música eletrônica, por não usar ferramentas orgânicas, cria esses espaços sonoros, essas viagens;, diz o artista.
Cerca de 80% do disco foi feito em estúdio caseiro e o restante, produzido no estúdio Rock It, de Estevão Casé e Dado Villa-Lobos, do Legião Urbana. ;Foi uma parceria superbacana. Eles abraçaram a ideia. O EP foi feito de maneira solta, produzimos integralmente em casa, foram cinco músicas que nasceram de uma forma mais fluida, rápida. É o primeiro trabalho, você se entrega. O disco tem 11 faixas, então, demorou mais. No momento que engrenou, tínhamos um cronograma, fazíamos as músicas em sequência. As pessoas gostam da transição natural entre as faixas. Foi algo intencional;, conta Lucas.
Opala
Primeiro disco de duo homônimo. Rock it, 11 faixas. Disponível gratuitamente no Spotify.