Há 10 anos, o britânico Tom Chaplin abandonou uma turnê do grupo Keane para se internar em uma clínica de reabilitação em Londres. No ano seguinte ao fato, ele admitiu o vício em cocaína e até uma tentativa de suicídio. Todos esses problemas acabaram se tornando inspiração para o primeiro disco solo de Chaplin.
;Comecei a escrever as músicas em 2013. Eu tive problemas na minha vida, com os quais eu tive que lidar. Eu tinha coisas para resolver, para ficar bem. Em 2014, tive um dos melhores anos da minha vida com o nascimento da minha filha;, analisa o cantor em entrevista ao Correio. Tom Chaplin diz que essas vivências se tornaram no material do CD The wave. ;É uma história sobre tempos difíceis, mas também de ficar bom. É um disco bem emocional e pessoal;, revela.
The wave será lançado oficialmente apenas em outubro. No entanto, dois singles, das 15 músicas do disco, já foram lançados. São eles: Hardened heart e Quicksand.
Carreira paralela
Criada em 1997, a banda Keane está em hiato desde 2013. O grupo britânico se tornou conhecido dentro do cenário de rock alternativo inglês. Entre os principais sucessos estão as canções Somewhere only we know, Everybody;s changing e This is the last time.
Apesar de estar se lançando em carreira solo, Tom Chaplin diz que não abandonou a banda, mas que neste em momento o foco é o seu trabalho individual. ;Eu queria fazer um álbum solo há algum tempo. Sempre pensei que seria ótimo ter minhas próprias músicas. É uma experiência diferente. No ano passado, senti que era o momento perfeito para ter esse novo desafio;, conta.
Três perguntas // Tom Chaplin
Como você define o seu estilo musical na carreira solo?
Isso é algo interessante para mim. No Keane era algo definido por ser uma banda. Mas no meu disco solo tive a oportunidade de fazer músicas que eu gosto, colocar sons diferentes... Acho difícil descrever meu tipo de música. Acho que é algo dinâmico. Acho que tenho um álbum mais pop do que as músicas do Keane, que era uma banda de rock. Acho que pude tomar esses riscos.
Como você vê o cenário musical na atualidade?
Acho que é um momento animador para a música. Eu cresci ouvindo álbuns maravilhosos. É importante aproveitar um CD. Esse é tipo de música que eu quero fazer, uma que conte uma história. Espero que as pessoas ainda gostem de mim (na nova carreira). Mas tenho algumas críticas a música hoje, eu prefiro que as pessoas escutem um CD inteiro a uma playlist.
Você conhece o Brasil e tem vontade de trazer uma turnê desse álbum para o país?
Com certeza, eu irei ao Brasil com essa turnê. A América Latina, de modo geral, é incrível. É um público bem generoso. Quando fui com o Keane passamos bons momentos. Estou pronto para receber o feedback dos fãs brasileiros sobre minhas novas músicas. Estou entusiasmado.
The wave
Tom Chaplin. Universal Music, 11 faixas. Disponível nas plataformas digitais em outubro.