Diversão e Arte

Solange, irmã de Beyoncé, lança disco em que aborda questões como racismo

Diversidade e padrões de beleza também fazem parte da temática de 'A seat at the table'

Adriana Izel
postado em 18/10/2016 07:29
O orgulho de sua negritude, como o cabelo afro, se tornou inspiração para o novo álbum da cantora
Seguindo os passos da irmã Beyoncé no álbum Lemonade (2016), a cantora Solange Knowles resolveu tratar do empoderamento negro em seu mais recente álbum. Esse é o primeiro disco da artista após quatro anos sem lançar nenhum material inédito, sendo sucessor do EP True (2012).

O CD A seat at the table foi divulgado em 30 de setembro nas plataformas digitais e chegará às lojas em versão física apenas em 18 de novembro. Assim como Lemonade colocou Beyoncé no topo as paradas, o disco de Solange garantiu números nunca antes atingidos por ela: foram mais de 72 mil cópias executadas em streaming na primeira semana e rendeu singles na Hot 100 da Billboard, que permanecem na lista quase 20 dias depois do lançamento ; Cranes in the sky, está na 74; posição, e Don;t touch my hair, aparece na 91;.

[SAIBAMAIS]Como grande ativista das causas negras e feministas e a exemplo da irmã, Solange resolveu tratar dos temas em seu novo disco, segundo ela ;para provocar cura e uma jornada de emponderamento;. A cantora se inspirou no que vê no dia a dia e nos próprios pais, que tiveram uma trajetória difícil até se tornarem o que são hoje (o pai, um grande executivo musical, e, a mãe, uma cabeleireira dona de uma rede de salões) para criar as canções.

Temática

A força do disco foi apresentada logo no primeiro single Don;t touch my hair, em que Solange ao lado do músico britânico Sampha, trata da questão do cabelo negro, que muitas vezes é visto com estranheza. Na letra, ela diz ;não toque em meu cabelo/, quando são os sentimentos que eu uso./ [...] eles não entendem/ o que isso significa para mim;. Ou ainda nos interlúdios, como em Tina taught me, em que Solange fala sobre o orgulho de ser negra e do chamado racismo reverso. ;É tanta beleza em pessoas negras,/ e isso realmente me entristece quando não permitem nos expressar esse orgulho/ e, que, se o fizer, então somos considerados antibranco/ quando você só é pró-negro;.

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Ao todo, são 21 faixas, dentre elas, oito interlúdios e uma faixa de conclusão, em todas tratam de alguma forma do empoderamento negro. Além das letras, a temática também está presente na sonoridade que mescla o R dos anos 2000, com base nos trabalhos dos artistas americanos do ritmo Aaliyah e D;Angelo.

A inspiração no trabalho da irmã Beyoncé não ficou apenas na temática, mas também na forma do lançamento. Solange já divulgou dois clipes do álbum e ainda um documentário, A seat at the table, beginning stages. No curta-metragem, há imagens sobre o processo de concepção do álbum e ainda trechos bastante pessoais da cantora ao lado do filho. ;O documentário é dividido em três partes diferentes. A primeira e a segunda em que divido ideias com artistas e músicos em Long Island e New Orleans. A terceira parte sou eu levando tudo isso para Los Angeles, onde criamos estruturas reais das canções, construindo os sons e escrevendo as letras e as melodias;, explica a artista em comunicado oficial.

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