O coral brasiliense Cantus Firmus é um projeto independente criado em 1992 pela maestrina Isabela Sekeff. O grupo já rodou o mundo, competindo em países como Canadá, Alemanha e Argentina e se apresenta hoje na Casa Thomas Jefferson, às 20h. O espetáculo será uma mistura de música sacra, tradicional de corais, com música brasileira, tanto erudita quanto popular. A parte brasileira do repertório é de releituras de clássicos da MPB como Gilberto Gil, Edu Lobo e Assis Valente.
O repertório será o mesmo a ser apresentado na semana seguinte, na Argentina. O coral participa pela segunda vez do Festival Mundial de Buenos Aires, ao lado de outros cinco grupos de vários lugares do mundo. Esta edição é especial, pois celebra os 10 anos de existência do festival portenho e somente os corais que marcaram a história das apresentações foram convidados.
Segundo a maestrina, a recepção do cancioneiro brasileiro no exterior é incrível. ;A música brasileira tem um apelo internacional muito grande, as pessoas entendem e recebem como se fossem delas;, disse. O coral, com 40 integrantes, vai se apresentar todos os dias, entre 29 de outubro e 5 de novembro, em diversos locais da capital argentina. Como um projeto independente, as viagens são pagas pelos próprios cantores a partir da renda de apresentações pela cidade, em festas e casamentos.
O concerto de hoje é dedicado ao Movimento de Mulheres Regentes no Brasil, um projeto nascido do Simpósio Latino-Americano de Mulheres Regentes que procura diminuir a distância entre as mulheres e a profissão de regente. Mais de 150 maestrinas de 10 países participam do movimento.
As competições de coral
Algo inusitado para os brasileiros, as competições de coral já existem há décadas e reúnem centenas de grupos ao redor do mundo. Por exemplo, a Interkultur, uma agência de corais alemã, promove de 15 a 20 concursos por ano e um grand prix europeu e um mundial por biênio. Essas competições costumam reunir de 400 a 450 grupos de coral.
No grand prix de nações que aconteceu este ano, na Alemanha, o Cantus Firmus ganhou medalha de ouro por melhor coro misto e prata por melhor coro folclórico. ;Representar o Brasil é o máximo, a gente era o único coro misto brasileiro (na Alemanha). Quando começamos com o samba ou MPB, o pessoal realmente se identifica, os coros africanos se juntaram com a gente, foi emocionante;, disse a maestrina Isabela Sekeff.
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