Jornal Correio Braziliense

Diversão e Arte

Dramas, comédias e fitas de arte: tem de tudo, nos cinemas

Quatro filmes nacionais entram no circuito de cinema

Com o desfalque da estreia do blockbuster Sully: O herói do rio Hudson, adiado em face do desastre aéreo na Colômbia, três filmes nacionais (entre os quais Maresia, leia crítica na página 2) e dois filmes do circuito de arte formam o bloco de estreias de hoje.

Ninguém deseja a noite, que abriu o 65; Festival de Berlim, é uma das atrações no circuito, com muito destaque para talentos femininos, entre os quais o da diretora espanhola Isabel Coixet. Estrelado por Juliette Binoche e Rinko Kikuchi (indicada ao Oscar, por Babel), e com participação de Gabriel Byrne, o filme conta a jornada real de Josephine Peary, a caminho do Polo Norte, para encontrar o marido pesquisador do início do século 20.

Entre as estreias de hoje está o drama Sangue do meu sangue, do italiano Marco Bellocchio, que teve o longa premiado pela pela imprensa estrangeira, no último Festival de Veneza, e foi apresentado com destaque na 40; Mostra Internacional de São Paulo. Bellocchio entrelaça as histórias de um conde, de um frei e de uma mulher abandonada pelo marido.

A trama contempla tanto enredo do século 17 quanto história desenvolvida na contemporaneidade; tudo, porém, está atrelado à cidade de Bobbio (Itália), na qual o suicídio de um homem pode ter sido ocasionado pelo envolvimento com a freira Benedetta.

Diretor dos longas Natimorto e Trinta, o paulista Paulo Machline, reconhecido pelo curta Uma história de futebol (ex-concorrente ao Oscar), investe em mais um drama, com a adaptação de O filho eterno, originado pela literatura de CristóvãoTezza. Com dados autobiográficos, Tezza relata uma mudança de perspectiva com o nascimento do primeiro filho.

Adaptação
O contato com a Síndrome de Down, que toca Fabrício (Pedro Vinícius), é acompanhado no filme que trata do aspirante a escritor Roberto (Marcos Veras, no primeiro papel dramático para cinema), casado com Cláudia (Débora Falabella).

Numa vertente de cinema muito diferenciada em relação a O filho eterno, a dupla de cineastas brasileiros Rilson Baco e Felipe Bretas assina a comédia O último virgem, fita de estreia da empresa produtora Patota. A ideia é a de releitura de longas estrangeiros como SuperBad e American pie. Estranhando um convite da professora Débora (Fiorella Mattheis), o protagonista Dudu (Guilherme Prates) é assessorado por três amigos, para investir numa possível conquista e vencer a timidez que sempre o atazanou. A trama que replica comportamentos típicos de rapazes do Ensino Médio é recheada com fantasias sexuais, masturbação e palavrões. Entre participações especiais, despontam André Ramiro (Tropa de elite) e Lisandra Souto (da novela Meu bem meu mal).