Diversão e Arte

Flávio Faria lança novo disco hoje no Clube do Choro

Produzido de forma independente, o álbum tem músicas que foram compostas durante toda sua carreira, mas com a maior parte feita no último ano

postado em 05/12/2016 07:35

Flávio Faria: parcerias com o poeta Vicente Sá e o músico Sérgio Duboc

Flávio Faria é um velho conhecido da música brasiliense. Durante os anos 1980, era integrante ativo da cena cultural e dividiu o palco com Cássia Eller, Célia Porto, Liga Tripa e Renato Matos. Também participou do Projeto Pixinguinha, um programa da Funarte datado do final dos anos 1970, que promovia a circulação nacional de um encontro entre artistas brasileiros, grandes nomes como Nara Leão, Dominguinhos e Cartola participaram do projeto. Flávio Faria representou Brasília e se apresentou com Nana Caymmi e Johnny Alf.

Compositor versátil, formou parcerias duradouras com o poeta Vicente Sá e o músico Sérgio Duboc, além de ter suas músicas cantadas pelo grupo Liga Tripa e, em determinado ponto da carreira, passou a compor também para peças de teatro e jingles.

Durante a década de 1990 foi sócio-proprietário do estúdio Artimanha, local de gravação de músicos reconhecidos como Zélia Duncan e Rosa Passos, além das bandas Raimundos e Pato Fu. Após algumas desilusões com a cena musical e com a vida de produtor, resolveu abandonar a música por um tempo e se dedicar à literatura. ;Quando eu saí do estúdio, eu estava muito desgastado, tinha uma relação de empresário com os músicos da cidade e não era o que eu queria;, explicou.

Mesmo após quase 10 anos afastado da cena musical, Flávio continuou compondo até resolver voltar para a música em 2014. ;É um chamamento da alma, o criador não consegue parar, ele se tranca dentro de casa, mas não adianta, a cabeça dele está formigando, é coisa típica do artista;, disse Flávio. Com 50 músicas prontas, ele montou uma banda com jovens músicos e reatou a parceria com Vicente de Sá e Sérgio Duboc para finalmente produzir o seu primeiro disco, Na boca do mundo.

O álbum

Produzido de forma independente, o álbum tem músicas que foram compostas durante toda sua carreira, mas com a maior parte feita no último ano. As 15 canções levaram cinco meses para ficar prontas e entrarem no CD, que tem show de lançamento marcado para hoje, às 21h, no Clube do Choro, com direito a banda completa e backing vocals.

Apesar de gostar de se apresentar, o músico prefere a solidão na hora de compor. ;Gosto de não ficar num ambiente de muita pressão. A coisa que eu mais sinto falta é um lugar isolado para me dedicar à arte;, afirmou.

Em harmonia com a capa do álbum, em que Sérgio está entre viadutos no Núcleo Bandeirante, o músico reflete a urbanidade na música. ;Eu queria passar um ambiente de underground. Uma pessoa que está em conflito com vida, buscando, fazendo reflexões da solidão que acompanha a gente, geralmente na juventude;.

Produzido de forma independente, o álbum tem  músicas que foram compostas durante toda sua carreira, mas com a maior parte feita no último ano
Na boca do mundo
Show de lançamento do disco no Clube do Choro (Eixo Monumental, ao lado da Torre de TV. Informações: 3224-0599). Hoje, às 21h. Show de lançamento do disco ;Na boca do mundo, (independente, 15 faixas. Preço: R$ 25). Entrada: R$15 (meia). Classificação indicativa livre.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação