Isabella de Andrade - Especial para o Correio
postado em 08/12/2016 07:34
O tradicional batizado e troca de cordel do grupo Grito de Liberdade, coordenado pelo Mestre Cobra, chega a sua décima segunda edição e reúne mestres da capoeira de diferentes lugares do Brasil, além de atrações conhecidas do público brasiliense, como Boi de Seu Teodoro e Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. O grupo pretende reforçar seus objetivos de disseminar a cultura popular e da capoeira pela cidade, além de aumentar cada vez mais o contato, reflexão e conhecimento da população para uma realidade que faz parte da formação cultural do nosso país.
O mestre Carlinhos Canabrava, um dos nomes mais conhecidos nas rodas da Bahia, participará do evento, conduzindo uma oficina de roda de Angola. Canabrava desenvolve seu trabalho com a capoeira desde 1972 e tem entre seus principais objetivos estimular os jovens através da arte, esporte e educação. É um dos diretores da Associação Brasileira de Capoeira da Angola (ABCA/BA), localizada em Salvador. O espaço é responsável por reunir antigos e novos aprendizes e por conservar as tradições ancestrais dessa manifestação da cultura afro-brasileira.
;A gente tenta levar sempre informações e reflexões de como a capoeira verdadeiramente se desenvolveu. A partir dela as pessoas podem ter contato com outros aspectos que envolvem a negritude, como o bumba-meu-boi, cotas raciais, maracatu. Esse projeto é só uma parte do que pode ser feito, a cultura afro-brasileira precisa estar presente e ser popularizada na formação escolar;, afirma Luiz França, conhecido como Mestre Minhoca, um dos integrantes do grupo.
Tradição
Entre as rodas de capoeira e vivências propiciadas pelos mestres, o público participante pode imergir cada vez mais na cultura africana através da transmissão de saberes e troca de experiências. As coreografias são embaladas ao som de berimbaus, agogôs, atabaques, pandeiros e reco-reco e o som fica por conta dos tradicionais grupos brasilienses que integram a celebração, como o Boi de Seu Teodoro, que já acumula mais de 50 anos de criação.
A musicalidade de Seu Estrelo também se fará presente e o grupo, que trabalha pela consolidação de uma cultura legítima de Brasília, leva suas cores, danças e seus brincantes. ;Conseguimos descentralizar grandes grupos de cultura popular e eles vão trazer suas apresentações e manifestações culturais para dentro da periferia, isso é o mais importante;, afirma Luiz França.
Vale lembrar que o Grito de Liberdade está espalhado pelo DF e pelo Brasil, formando capoeiristas também em Goiás, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte. Mestre Cobra, seu criador, perpetua a capoeira não somente como uma luta ou dança, mas como qualidade de vida, como uma arma de conhecimento de si, do outro e do mundo, para fortalecermos nossa identidade e ancestralidade, conectando-nos com o futuro.
12; Batizado e troca de cordel do Grito de Liberdade
De sexta a domingo (09/12 a 11/12), com oficinas, vivências e apresentações musicais. A programação se divide entre a Praça Cultural Riacho Fundo I e a Lona cultural do Grito de Liberdade, ao lado da Vila Olímpica do Riacho Fundo. Confira a agenda completa no site do Correio.
O mestre Carlinhos Canabrava, um dos nomes mais conhecidos nas rodas da Bahia, participará do evento, conduzindo uma oficina de roda de Angola. Canabrava desenvolve seu trabalho com a capoeira desde 1972 e tem entre seus principais objetivos estimular os jovens através da arte, esporte e educação. É um dos diretores da Associação Brasileira de Capoeira da Angola (ABCA/BA), localizada em Salvador. O espaço é responsável por reunir antigos e novos aprendizes e por conservar as tradições ancestrais dessa manifestação da cultura afro-brasileira.
;A gente tenta levar sempre informações e reflexões de como a capoeira verdadeiramente se desenvolveu. A partir dela as pessoas podem ter contato com outros aspectos que envolvem a negritude, como o bumba-meu-boi, cotas raciais, maracatu. Esse projeto é só uma parte do que pode ser feito, a cultura afro-brasileira precisa estar presente e ser popularizada na formação escolar;, afirma Luiz França, conhecido como Mestre Minhoca, um dos integrantes do grupo.
Tradição
Entre as rodas de capoeira e vivências propiciadas pelos mestres, o público participante pode imergir cada vez mais na cultura africana através da transmissão de saberes e troca de experiências. As coreografias são embaladas ao som de berimbaus, agogôs, atabaques, pandeiros e reco-reco e o som fica por conta dos tradicionais grupos brasilienses que integram a celebração, como o Boi de Seu Teodoro, que já acumula mais de 50 anos de criação.
A musicalidade de Seu Estrelo também se fará presente e o grupo, que trabalha pela consolidação de uma cultura legítima de Brasília, leva suas cores, danças e seus brincantes. ;Conseguimos descentralizar grandes grupos de cultura popular e eles vão trazer suas apresentações e manifestações culturais para dentro da periferia, isso é o mais importante;, afirma Luiz França.
Vale lembrar que o Grito de Liberdade está espalhado pelo DF e pelo Brasil, formando capoeiristas também em Goiás, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte. Mestre Cobra, seu criador, perpetua a capoeira não somente como uma luta ou dança, mas como qualidade de vida, como uma arma de conhecimento de si, do outro e do mundo, para fortalecermos nossa identidade e ancestralidade, conectando-nos com o futuro.
12; Batizado e troca de cordel do Grito de Liberdade
De sexta a domingo (09/12 a 11/12), com oficinas, vivências e apresentações musicais. A programação se divide entre a Praça Cultural Riacho Fundo I e a Lona cultural do Grito de Liberdade, ao lado da Vila Olímpica do Riacho Fundo. Confira a agenda completa no site do Correio.