Diversão e Arte

Confira os oito melhores discos internacionais de 2016

A lista tem desde Beyoncé a The Rolling Stones

Rebeca Oliveira, Adriana Izel, Alexandre de Paula
postado em 22/12/2016 07:04
Capa do disco Lemonade, de Beyoncé
Lemonade
, Beyoncé

Foram alguns anos até que Beyoncé abraçasse de vez as questões feministas e relacionadas a valorização negra em seu trabalho musical, mas isso aconteceu de vez em Lemonade, que já pode ser considerado o melhor CD da carreira da cantora. No álbum, Beyoncé mostrou um pop cheio de discursos importantes ao momento atual, como em Formation e Sorry. Debates esses que estão nas introduções das músicas, nas letras e também nos clipes (lançados todos juntos como um grande filme), que contaram, inclusive, com uma referência ao movimento Black Lives Matter. Já não bastasse isso, Lemonade também é a renovação da sonoridade pop de Beyoncé, que foi beber na fonte da soul music, do verdadeiro R e até do country, sem deixar o lado hitmaker de lado.

[VIDEO1]

A seat at the table, Solange
Esse foi o ano da família Knowles trazer o empoderamento negro como temática principal de seus trabalhos. Seguindo os passos da irmã Beyoncé, Solange, que sempre foi uma ativista da causa negra, também fez seu melhor álbum em 2016. At seat at the table tem grandes canções, como Don;t touch my hair e Cranes in the sky, que, além de serem ótimos hits têm letras fortes. Coube a Solange também reviver o R do passado, que consagrou nomes como Aaliyah e D;Angelo, e a soul music vinda de New Orleans, que é representada por parte dos músicos que participaram da gravação do álbum. É um disco que ficará para a história da carreira da cantora ao se tornar o primeiro que garantiu Solange no topo das paradas dos EUA.

[VIDEO2]

The life of Pablo, Kanye West
Kanye West é um dos artistas mais controversos da atualidade, até por isso, é difícil admitir que o cantor fez um dos melhores álbuns deste ano. Mas é preciso. Se tem algo que West faz bem é produzir os próprios discos. Em The life of Pablo, ele revela (mais uma vez) todo o potencial antenado e criativo ao apresentar um álbum repleto de referências a black music e ao hip-hop (em No more parties), a religiosidade (presente em Ultralight beam e Hightlights) e a arrogância, uma das suas características mais conhecidas, representada nas faixas Famous e I love Kanye. Com 18 músicas, em The life of Pablo, Kanye West sabe ir e voltar entre as suas contradições no mesmo álbum.

[VIDEO3]

Anti, Rihanna
A primeira vista Anti deu uma impressão de que Rihanna estava deixando de lado a veia hitmaker. Na verdade, ela ainda está presente em Anti, basta ouvir as radiofônicas Work e Kiss It better, mas realmente essa característica antes presente no trabalho da cantora aparece no álbum com bem menos importância. O CD revela uma Rihanna repleta de influências de diferentes ritmos: há batidas que flertam com o ragga, o reggae, o rock (como na regravação de New person, same old mistakes, do grupo Tame Impala), e, o blues. O álbum também é uma conexão de Rihanna com suas origens caribenhas. Além disso, Anti serve para mostrar todo o potencial vocal da cantora, presente em canções como Desesperado e Never ending.

[VIDEO4]

Capa do disco Blackstar, de David BowieBlackstar, David Bowie
Ser um camaleão sempre foi uma característica inerente ao músico e, é claro, que ela se fez presente em Blackstar. O álbum ficou marcado por retomar o lado vanguardista de Bowie, além de representar muito bem o adeus do artista morto em janeiro deste ano, dois dias após o lançamento oficial do CD. Em Blackstar, Bowie se afastou do pop para valorizar uma música mais experimental com influências do jazz e do blues, presentes em faixas como Lazarus e Dollar days. Tudo isso faz com que Blackstar seja um encerramento perfeito para a carreira de David Bowie.

[VIDEO5]

You want It darker, Leonard Cohen
Pouco antes de morrer em novembro deste ano, Leonard Cohen deixou um presente para os fãs: o disco You want it darker. Nele, o cantor e compositor canadense falava abertamente sobre a morte e a proximidadedela em versos como ;Estou pronto, senhor;. No álbum, Cohen retoma a verve espiritualista e religiosa de discos anteriores e o tom introspectivo que marcou a sua obra. Com a voz mais rouca e grave do que nunca, Cohen assumia, porém, uma postura de aceitação, bem condizente com os últimos momentos de vida do ícone da música mundial.

[VIDEO6]

Blue & lonesome, The Rolling Stones
[SAIBAMAIS]Desde 2005 sem lançar um novo álbum, os Stones retornaram em 2016. Com um disco de covers... Isso, os dinossauros do rock resolveram apostar em regravações. Não se trata de um álbum de regravações qualquer, mas sim de uma homenagem aos ídolos que fizeram dos Stones o que eles são. Grandes clássicos do blues, sobretudo da cidade de Chicago, são relidos em versões elétricas e roqueiras pela banda de Mick Jagger e Keith Richards. O disco foi gravado em um estúdio em Londres pouco antes de o grupo ir tocar em Cuba, algo inédito até então. Com Blue & lonesome, os Stones mostram que ainda têm energia e força (como todo mundo já suspeitava) para continuar como uma das principais bandas de rock do planeta.

[VIDEO7]

Hardwired; to self-destruct, Metallica
Foram oito anos de espera por um disco novo para os fãs de Metallica desde que, em 2008, o grupo lançou Death magnetic. Em Hardwired; to self-destruct, o Metallica voltou com peso e agressividade aos riffs de guitarra e às canções longas, como nos bons tempos. Nas letras, estão presentes as relações humanas, a tecnologia e um pessimismo latente. Depois de momentos turbulentos, o grupo passa agora por um período mais tranquilo, de integração entre os membros. Com canções bastante longas, o disco tem 12 faixas e 77 minutos.

[VIDEO8]

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação