postado em 04/01/2017 08:48
Aos 88 anos, a atriz e escritora Vida Amélia Guedes Alves morrreu, por volta das 22h, desta terça-feira (3/1). Ela estava internada desde 28 de dezembro, no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo, e morreu por falência múltipla dos órgãos. Amélia foi pioneira da tevê brasileira, sendo responsável pelo primeiro beijo das telinhas, nos anos 1950, além de protagonizar também o primeiro beijo gay, nos anos 1960.
Nascida em 15 de abril de 1928, em Itanhandy (MG), Vida Alves já contava com mais de 70 anos de carreira. Ela começou no rádio, foi para as telenovelas, fez cinema, foi apresentadora e escreveu novelas. Grandes atores como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Eva Wilma e Aracy Balabanian chegaram a contracenar com ela. Ao lado de outros artistas, criou a Associação dos Pioneiros Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira (Pró-TV), em 1995. Sua trajetória é contada na na biografia Vida Alves - Sem medo de viver, de Nelson Natalino (2003).
A atriz passou por uma cirurgia por conta de um problema de saúde há um ano, mas a situação se complicou e ela não resistiu. Vida deixa dois filhos, três netos e três bisnetos. Entre os netos, a cantora Tiê, que deixou uma mensagem para a avó. "Dona Vida Alves fez a passagem. Minha amiga, minha avó, minha parceira, minha musa beijoqueira. 88 anos de muita luz, amor, arte e vida. Vire estrela e descanse em paz. Te amo pra sempre e vou sentir saudades todos os dias", escreveu.
Pioneira dos beijos
A primeira grande marca que a atriz deixou aconteceu em 1951 ao dar o primeiro beijo da tevê brasileira, na novela Sua vida me pertence, da emissora Tupi. A cena foi gravada com o seu par romântico na trama, Walter Forster, também diretor da novela. O primeiro beijo gay também foi protagonizado por ela e pela atriz Geórgia Gomide, em 1963, no teleteatro A calúnia.